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17/09/2013
Mortalidade infantil: tendências atuais indicam desafio mundial; Brasil avança
Se permanecerem as atuais tendências, o mundo não atingirá o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio 4 – que prevê diminuir em dois terços a taxa de mortalidade de crianças menores de cinco anos até 2015. Além disso, se forem mantidos os índices atuais, a meta não será alcançada até 2028.
A constatação foi feita a partir de levantamento feito pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O Relatório de Progresso 2013 sobre o Compromisso com a Sobrevivência Infantil: Uma Promessa Renovada foi divulgado no dia 13 de setembro.
De acordo com o estudo, 35 milhões a mais de crianças podem morrer, na maioria das vezes por causas evitáveis, entre 2015 e 2028, caso a comunidade global não realize ações imediatas para acelerar o progresso. O primeiro mês de vida é o mais crucial para uma criança pequena. Em 2012, cerca de três milhões de bebês morreram durante o primeiro mês de vida, quase sempre devido a causas facilmente evitáveis.
Por outro lado, o relatório mostra que é possível fazer importantes avanços na área da sobrevivência infantil e oferece algumas boas notícias. Ao longo dos últimos 22 anos, o mundo salvou cerca de 90 milhões de vidas que, de outra forma, teriam sido perdidas. Em termos globais, o número anual de mortes de menores de cinco anos caiu de 12,6 milhões em 1990 para aproximadamente 6,6 milhões em 2012.
O relatório revela uma significativa redução nas mortes infantis evitáveis em todas as regiões do mundo, e em todos os níveis de renda nacional, inclusive países de baixa renda. Alguns países como Bangladesh, Etiópia, Libéria, Malaui, Nepal e Tanzânia já reduziram suas taxas de mortalidade de menores de cinco anos em dois terços ou mais desde 1990.
Brasil
Entre 1990 e 2012, o Brasil conseguiu atingir uma das mais significativas quedas – de 77%. Na divulgação do relatório, o Unicef apresenta o país como exemplo, na medida em que têm conseguido reduzir de forma significativa a taxa de mortalidade na infância por meio de estratégias efetivas. Para os países como o Brasil, cuja taxa da mortalidade na infância está abaixo de 20/1000, o desafio agora é reduzir essa taxa nas populações mais vulneráveis.
O ODM 4 foi atingido pelo Brasil em 2012, três anos antes do prazo estabelecido. Entre as estratégias destacadas pelo Fundo, estão: melhoria no atendimento materno e ao recém-nascido e esforços para prestar assistência à saúde no nível comunitário, melhoria das condições sanitárias, aumento do conhecimento das mães, promoção do aleitamento materno, expansão da imunização e criação de iniciativas de proteção social.
Veja o relatório completo aqui (versão em inglês).
Agência CNM, com informações do Unicef