Mortalidade infantil cai em Corumbá (MS)

CNM

Na década de 90, o Município de Corumbá registrava 64 óbitos para cada mil crianças com menos de um ano. Essa realidade mudou. No ano passado os índices registraram 18,83 e a prefeitura Municipal espera reduzir ainda mais esse quadro em 2011.

Para o secretario de Saúde, Lauther Serra, o Município está crescendo e eram necessárias mudanças para atender as grávidas da região e os mais de 105 mil habitantes. As crianças e as gestantes precisavam de um atendimento especifico o que  levou o Município a implantar esses projetos desde 2004. “Aos poucos estamos colhendo os frutos.”, avalia.

Uma das ações de sucesso que a prefeitura implantou no Município é a de aleitamento materno. O projeto chamado Rede Amamenta Brasil é seguido pelas gestantes da cidade, que aprendem desde o neonatal a importância da amamentação. O Programa tem 16 tutores capacitados em 17 Unidades Básicas de Saúde e envolve mais de 300 profissionais que contribuem para o aumento do aleitamento materno e, consequentemente, diminuição dos índices de mortalidade infantil.

Outro fator é a presença de um pediatra na sala de parto da Maternidade do Hospital Municipal de Corumbá para acompanhar os recém nascidos e a dupla mãe e bebê. São feitas palestras e campanhas mostrando a importância do pré-natal e do aleitamento. A prefeitura também desenvolve ações voltadas ao pré-natal de alto risco, por meio de um programa voltado à saúde da mulher, garantindo a saúde da mãe e do próprio bebê antes do parto.

Dados da prefeitura mostram que mais de 67% da população já foram beneficiadas pelo projeto, através de consultas, atendimento e prevenção. Para 2011, estão previstas a construção de um Hospital da Criança e Ambulatório para Gestantes de 38 semanas, onde a grávida recebe atendimento semanal no 9º mês, além de uma UTI neonatal.

 “Estamos investindo em prevenção para evitar problemas no futuro. Pegamos um exemplo de outras cidades que investiam muito em UTIs neonatal e pouco em prevenção. A soma destas duas ações é que cria o efeito desejado”, afirma o Gerente de Atenção em Saúde, Ernesto Moreira.  “Como o Município já arrumou questão da amamentação e da prevenção, agora vai investir em uma UTI  neo natal”, adianta.

Os benefícios para as mulheres do Município são visíveis. Emerson afirma que a segurança que as mães adquirem colabora o sucesso das campanhas. “As mulheres estão se cuidando mais, fazendo pré-natal. Essa mudança fica clara com o aleitamento, a quebra de mitos e a melhor alimentação, provas de que às campanhas têm dado certo”, comemora.