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22/06/2022
MMM: representação feminina na política é tema de painel em Congresso do RS
A representação feminina na política teve espaço no palco do segundo dia do 40° Congresso de Municípios do Rio Grande do Sul. Na oportunidade, a fundadora do Movimento Mulheres Municipalistas (MMM) Tania Ziulkoski fez um balanço dos cinco anos de atuação do Movimento, que nasceu durante uma Marcha promovida pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).
“O Brasil foi pioneiro na participação feminina na gestão local. Apesar disso, pouco avançamos e hoje somos lanterninhas em rankings globais que analisam a participação feminina na política. Somos 52% da população e do eleitorado brasileiro, mas não chegamos a mais do que 16% de mulheres nos cargos políticos. As eleições municipais de 2020 representaram um recorde no número de mulheres eleitas, e é preciso manter esse cenário de aumento da participação feminina de agora em diante”, ressaltou Tania.
Quando mostram os dados do Rio Grande do Sul, sede do evento, foram eleitas 37 prefeitas e 938 vereadoras Os dados representam um salto comparado à gestão anterior, porém a região sul ainda tem poucas mulheres quando olharmos o percentual de mulheres eleitas ao cargo de prefeitas por região no Brasil. “A mulher vem como primeira-dama, secretária, vereadora. Ela vai crescendo até se tornar prefeita. O que acontece de forma diferente com o homem”, complementa a analista técnica da CNM Thais Mendes.
Para a prefeita de Fortaleza dos Valos (RS), Marcia Rossato, as mulheres têm buscado e desejado assumir este espaço de liderança. “Não preciso bater na mesa para mostrar firmeza. Não é assim que eu acredito que devemos ganhar nosso espaço, e sim com trabalho, mostrando a nossa capacidade. Não queremos tomar o espaço de ninguém. Nos deixe fazer isso. Nós queremos e merecemos mais espaço. Os números mostram que temos muito a contribuir, melhorar e oferecer”, disse.
InovaJuntos
Em seguida, também foi apresentado o Projeto InovaJuntos. Essa é uma iniciativa da CNM em parceria com o Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, em Portugal, com cofinanciamento da União Europeia, que visa à cooperação internacional entre Municípios brasileiros, portugueses e latino-americanos, e que atua em quatro frentes, ou quatro clusters: Desenvolvimento Econômico e Inovação, Desenvolvimento Territorial e Consórcios, Cidades Verdes e Mudanças Climáticas, Espaços inclusivos e Inovação Cultural e Social.
Entretanto, muitos Municípios acreditam que, por ser uma cooperação internacional, os exemplos não poderiam ser aplicados aqui no Brasil, nas suas localidades. A assessora internacional do projeto na CNM Rhaellyse Oliveira reforça que existe muita oportunidade dentro do cenário internacional para atuação dos Municípios, dos pequenos aos grandes. “O primeiro passo é saber o que o Município precisa para conseguir cooperar internacionalmente e alcançar a sua população. E assim, você usa a cooperação como uma ferramenta à sua disposição. Pegar o que acontece lá fora e trazer para o seu meio, desenvolvendo a gestão municipal”, finalizou.
Por: Lívia Villela
Da Agência CNM de Notícias