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20/01/2005

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Ministério da Saúde lança campanha de combate à aids para o Carnaval 2005

Ascom Ministério da Saúde


O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de DST e Aids (PN-DST/Aids), lançou nesta quarta-feira (19) a campanha de combate à aids para o Carnaval 2005. Com foco no uso do preservativo, como vem acontecendo nos últimos anos, a campanha busca promover o uso da camisinha durante a maior festa popular do país – que em cidades como Rio de Janeiro, Recife e Salvador leva milhares de pessoas às ruas.


O slogan deste ano é "Vista-se, use sempre camisinha". A intenção é lembrar o público da importância de que o preservativo seja peça do vestuário. O lançamento da campanha aconteceu na sede do Ministério da Saúde, em Brasília, e contou com a presença do ministro interino, Antônio Alves, do secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, e do diretor do Programa Nacional de DST e Aids, Pedro Chequer.


O público alvo é a população sexualmente ativa das classes C, D e E – independentemente da orientação sexual. Na última semana, foram distribuídos, para todo o país, 5,3 milhões de unidades de preservativo. No carnaval, serão fornecidos mais 11 milhões de unidades – quantidade superior aos 10 milhões entregues nos carnavais de anos anteriores.


Trinta e seis artistas participaram da gravação do filme, que foi produzido em quatro versões. Duas delas têm 30 segundos de duração e serão veiculadas em todo o país. Uma outra, de 60 segundos, será exibida nos aeroportos e cinemas – graças a uma parceria que o Ministério da Saúde firmou com a Infraero e com as empresas de cinema. Foi produzida ainda uma versão de dois minutos, para ser veiculada em canais de videoclipe.


As filmagens aconteceram nos dias 8 e 9 deste mês, no Rio de Janeiro. Nenhum dos artistas cobrou cachê, porque todos aderiram à campanha. A trilha sonora é um samba que faz sucesso desde o carnaval de 1931: Com que roupa?, composto por Noel Rosa (1910-1937). A cantora Daniela Mercury gravou a versão do clássico especialmente para os vídeos, que serão veiculados em todas as emissoras de TV do Brasil, de 23 de janeiro a 8 de fevereiro.


Os spots que serão veiculados nas rádios foram produzidos em três versões – de 30 segundos, um minuto, e dois minutos, sendo que esta última pode ser executada dentro de um bloco musical, não necessariamente no espaço reservado aos comerciais. Vídeos e spots de rádio estarão disponíveis no site do PN-DST/Aids (
www.aids.gov.br) a partir de hoje. Cartazes, folhetos, bandanas, camisetas e porta-preservativos são os outros materiais de apoio.


Estratégia – Para decidir as estratégias da campanha, criou-se um comitê. Foram convidados a participar desse grupo representantes de diversas instituições, entre órgãos de governo, organizações da sociedade civil e agências internacionais. Várias versões da campanha foram pré-testadas entre homens e mulheres em idade sexualmente ativa e pertencentes de diversas classes sociais. Só então se chegou à versão final da campanha, com o aval do comitê.


Depois do carnaval, o Vista-se vai virar uma espécie de carimbo, um selo único que será usado em todas as ações de promoção do uso do preservativo feitas pelo Ministério da Saúde e por seus parceiros – principalmente as coordenações estaduais de DST/Aids e as 1.884 ONGs que atuam no combate à epidemia. Para isso, filme, spots para rádio e jingle serão produzidos com outras versões, para facilitar a veiculação em outras épocas do ano e para atender melhor à diversidade regional do país.


O selo terá a função de unificar as mensagens das campanhas de promoção do preservativo, que se destinam a públicos diversos. A força do símbolo, que facilita a divulgação e a fixação da mensagem, e a capacidade de mobilizar vários setores da sociedade são as apostas para o sucesso da marca.


A campanha de carnaval é uma das duas de massa que o Ministério da Saúde promove por ano, sem contar as ações direcionadas a públicos específicos, como homossexuais masculinos, profissionais do sexo, travestis, caminhoneiros e usuários de drogas injetáveis – todas articuladas com os parceiros.


Uso do preservativo – De acordo com a Pesquisa de Conhecimento, Atitudes e Práticas Sexuais da População Brasileira, realizada em 2004 pelo PN-DST/Aids e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mais de 52% da população já recebeu ou pegou preservativo de graça – a maioria em postos de saúde e durante o carnaval. Noventa e seis por cento dos entrevistados sabem que o preservativo é a melhor maneira de evitar a transmissão do HIV nas relações sexuais. E 25% dizem usá-lo regularmente, com qualquer parceria.


O estudo, que ouviu seis mil pessoas em todas as regiões do país, revelou também que 67% da população disse ter usado preservativo na última relação com parceiro eventual – o que, em tese, é comum no carnaval. Ainda segundo a pesquisa, os jovens (15 a 24 anos) são os que mais usam preservativo com freqüência nas relações com parceiros eventuais (quase 60% dos indivíduos dessa faixa etária).


Outro dado da pesquisa são os argumentos das pessoas para justificar o não uso do preservativo. O primeiro motivo citado foi o de que a última relação foi com o cônjuge (45,8%). A confiança no parceiro (11,5%) e a afirmação de ter parceiro fixo (11,4%) vêm em seguida. Mas também aparecem justificativas como “não gosta/parceiro não gosta” (8,8%), “não tinha na hora da relação” (6,3%), “não tem necessidade/não precisa” (4,3%) e até mesmo “não quis” (3,6%).


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