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12/06/2015
Ministérios da Saúde de países do Mercosul firmam acordos, entre eles a compra conjunta de medicamentos
Os países do Mercosul se uniram para comprar medicamentos de alto custo por um preço mais barato. Será criada uma plataforma para a aquisição conjunta. A iniciativa visa ampliar o acesso aos tratamentos e a sustentabilidade dos sistemas de saúde. A ideia foi discutida e acertada durante a 37.ª Reunião de Ministros da Saúde do Mercosul, que ocorreu nesta quinta-feira, 11 de junho, em Brasília.
Ao comprar em maior escala, os países do Mercosul pretendem conseguir bons descontos. Será elaborada uma lista de medicamentos comuns que podem ser adquiridos de forma centralizada, de acordo com o Ministério da Saúde do Brasil. A proposta de criação desta plataforma foi apresentada pelo governo brasileiro.
Nos próximos 30 dias, três propostas serão avaliadas pelos países:
1 – Um dos países poderá realizar uma licitação, fazer o registro de preço e permitir que os demais comprem por meio de adesão a esse contrato. O Brasil se ofereceu para estudar como sediar esse mecanismo;
2 – A partir de um grupo de medicamentos prioritários, fazer a aquisição pelo fundo rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e
3 – Assinatura de um acordo internacional entre os países do Mercosul, que viabiliza dentro do bloco a compra conjunta de medicamentos estratégicos.
Demais acordos
Durante o encontro, os ministérios da Saúde do Mercosul também firmaram outros compromissos. Um deles foi a redução do sódio nos alimentos industrializados, como como pães, carnes e cerais. A meta do Brasil é que até 2020 as indústrias retirem voluntariamente 28,5 mil toneladas de sal do mercado.
Outro acordo trata da integração do Sistema Nacional de Transplantes brasileiro ao banco de informações sobre órgãos do bloco - o Registro Mercosul de Doação e Transplante (Donasur). As informações do Brasil anteriores à criação do banco, em 2010, vão ser introduzidas ao Donasur.
As informações são: o número de doadores vivos, número de doadores falecidos e número de transplantes. Além da troca de experiências, os países poderão, futuramente, compartilhar tecnologias.