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24/02/2016
Microcefalia: 4.107 casos suspeitos em todo o país
Os casos suspeitos de microcefalia em investigação chegam a 4.107 em todo o país. Os dados fazem parte do Informe Epidemiológico de Microcefalia, divulgado nesta terça-feira, 23 de fevereiro. O boletim aponta, ainda, que 950 notificações já foram descartadas e 583 confirmadas para microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita.
Os 583 casos confirmados ocorreram em 235 Municípios, localizados em 16 unidades da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Rondônia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Já os 950 casos foram descartados por apresentarem exames normais, ou apresentarem microcefalias e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infeciosas.
As investigações são para definir a origem da microcefalia já que o virus zica não é o único causador desta alteração congênita. Outras causas conhecidas de microcefalia são pela sífilis, toxoplasmose, outros agentes infecciosos, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.
Total
Os 4.107 casos em investigação representam 72,8% do total acumulado de 5.640 casos notificados desde o início das investigações em 22 de outubro de 2015 até 20 de fevereiro de 2016. O total notificado está distribuído em 1.101 Municípios de 25 unidades da federação. Amapá e Amazonas são os únicos Estados da federação que não tem nenhum registro de casos.
Ao todo, foram notificados 120 óbitos por microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto (natimorto) ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Destes, 30 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 80 continuam em investigação e 10 já foram descartados.
Vírus
Do total de confirmados, 67 foram notificados por critério laboratorial específico para o vírus zika. No entanto, o Ministério da Saúde ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo zika na maior parte das mães que tiveram bebês, cujo diagnóstico final foi de microcefalia.
Até o momento, estão com circulação autóctone do vírus zika 22 unidades da federação. São elas: Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Também houve a confirmação de transmissão do vírus em 29 países nas Américas.
Prevenção
As gestantes ainda devem continuar a adotar medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti com a eliminação de criadouros. Além disto é importante manter a proteção contra os mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.
Da Agência CNM, com informação do Ministério da Saúde