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06/03/2015

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Metade dos Municípios participantes do Mais Médicos perderam profissionais no primero ano de programa

20022015_Maismedicos_GovBaUma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) constatou que 49% das prefeituras municipais atendidas pelo Mais Médicos, do governo federal, perderam profissionais desde a criação do programa.

O órgão identificou que ao menos um a cada três médicos trabalharam sem a devida supervisão prevista nas regras estabelecidas para a execução do projeto.  Segundo o TCU, o Ministério da Saúde não faz o monitoramento adequado para assegurar que os Municípios não substituam médicos que integram equipes de atenção básica pelos participantes do projeto.

O monitoramento também não seria feito em casos de redução do número de equipes.  Diante das irregularidades, o TCU determinou abertura de apuração sobre o caso e os Municípios foram notificados a apresentarem justificativas.

Redução significativa
O Programa Mais Médicos foi criado em 2013 para levar médicos ao interior e as periferias das grandes cidades. Na época, 1.174 Municípios aderiram e receberam profissionais do programa. Atualmente, 11 mil médicos estrangeiros participam do projeto. O programa  prevê a obrigatoriedade de acompanhamento dos médicos estrangeiros que não tiveram o diploma revalidado.

No levantamento, o TCU constatou que houve uma redução de 14% dos profissionais em 161 cidades. O número caiu de 2.892 para 2.288 profissionais entre agosto de 2013 e abril de 2014.Outro dado importante divulgado na auditoria revelou que 31% dos médicos do Mais Médicos não tinham supervisor para avaliar e auxiliar os profissionais no desempenho das atividades pretendidas do programa.

Atendimentos
O TCU informou que houve um aumento de 33% em relação ao número de atendimentos na atenção básica nas cidades que foram atendidas pelo programa Mais Médicos. No levantamento, 25% dos Municípios que receberam o Mais Médicos diminuíram as consultas. Entretanto, os dados podem indicar que os médicos já existentes foram substituídos.


Agência CNM, com informações da Agência Estado

 

 


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