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30/03/2020
Medicamento produzido no Brasil é utilizado para tratar casos graves e críticos
A cloroquina e a hidroxicloroquina são medicamentos produzidos no Brasil e estão sendo utilizados no tratamento de casos graves e críticos do novo coronavírus (Covid-19). O uso da substância foi incluído no protocolo de tratamento medicamentoso dos pacientes hospitalizados com a Covid-19 pela Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (SCTIE/MS).
Os medicamentos são indicados para artrite reumatoide e artrite reumatóide juvenil, lupús eritematoso sistêmico e discóide, condições dermatológicas provocadas ou agravadas pela luz solar e malária. No entanto, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca a sugestão - publicada em artigos científicos internacionais - de que as substâncias podem inibir a replicação do novo coronavírus (Sars-COV-2).
A hidroxicloroquina para Sars-COV-2, segundo testes recentes, apresentou resultado positivo em 70% dos pacientes, sem detecção viral, após seis dias de tratamento. Em caráter preliminar, pode sugerir um potencial efeito antiviral no coronavírus humano. Também observou-se que o medicamento contribuiu para a prevenção da disseminação do vírus em culturas celulares, assim, pode interromper a infecção viral.
No entanto, a medida considera a emergência em saúde pública de interesse mundial e o fato de não existir outro tratamento específico eficaz disponível até o momento. Diante disso, a CNM ressalta que o uso da cloroquina/hidroxicloroquina para infecção por Covid-19 pode ser modificada a qualquer momento, a depender de novas evidências científicas. Mas, por hora, o MS programou a primeira distribuição do estoque existente para o dia 27 de março.
Devido a velocidade de transmissão do coronavírus no Brasil, as Secretarias de Saúde dos Estados e do Distrito Federal devem receber quantitativo calculado com base no número de casos notificados no boletim oficial do ministério do dia 25 de março. A quantidade pode ser suficiente para atender de imediato os pacientes hospitalizados e para o pronto atendimento de novos casos.
NÃO faça automedicação
Um alerta reforçado pela CNM é a restrição do uso desses medicamentos para pacientes com Covid-19 hospitalizados e sob prescrição médica e a contra indicação da automedicação. Vale explicar que foram relatados efeitos adversos, com o uso a longo prazo, como retinopatia e distúrbios cardiovasculares. Considera-se que o uso de cloroquina ou de hidroxicloroquina pode ser seguro, embora, a janela terapêutica - margem entre a dose terapêutica e dose tóxica - seja estreita.
A CNM reconhece todo o esforço da equipe do ministério para conter a transmissão da pandemia no território nacional e essa é uma importante medida para salvar vidas no Brasil e no mundo. Com o tratamento dos pacientes hospitalizados, teremos a possibilidade de prever a liberação de leitos hospitalares para o atendimento de novos casos e possibilita um ganho de tempo para os Entes estruturarem e organizarem a expansão dos leitos hospitalares já existentes. Acesse www.cnm.org.br/coronavirus!
Confira a Nota Informativa do MS 5/2020