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23/05/2019
Mais de 21 milhões não se vacinaram contra gripe e devem procurar UBS até 31 de maio
A duas semanas do fim da campanha contra a gripe no Brasil, apenas 63,4% do público-alvo está vacinado para a doença. Até 31 de maio, 21,8 milhões de pessoas ainda precisam ir a uma unidade básica de saúde (UBS) e buscar a proteção. A vacina imuniza contra os tipos graves do vírus da influenza (A H1N1; A H3N2 e influenza B).
Os Municípios do Amazonas (93,6%), do Amapá (85,5%), do Espírito Santo (75,3%), de Alagoas (73,4%), de Rondônia (72,6%) e de Pernambuco (72,2%) são os com maior índice de vacinação contra a influenza. Já os com menor cobertura são os do Rio de Janeiro (45,8%), do Acre (49,7%), de São Paulo (57,0%) e de Roraima (57,4%).
De acordo com o Ministério da Saúde, há vacinas disponíveis em todas as unidades de saúde do país, e a campanha tem estrutura de 41,8 mil postos. A pasta afirma que enviou aos Estados 9,5 milhões do medicamento usado no tratamento da gripe, o fosfato de oseltamivir. Até 11 de maio, foram registrados 807 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza no Brasil, com 144 mortes. Por ora, o subtipo predominante é o vírus influenza A (H1N1) pdm09, com registro de 407 casos e 86 óbitos.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) alerta e recomenda a divulgação da campanha por parte dos gestores municipais, uma vez que o ministério afirma que há abastecimento para imunizar a população prioritária e que a prevenção impacta diretamente nos atendimentos dos postos de saúde.
A entidade aconselha que seja realizado um plano de ação com a disposição de ambiente adequado, materiais e insumos suficientes, equipe preparada para um grande fluxo de usuários, assim como na continuidade das ações e orientações preventivas em âmbito local. Deve haver fortalecimento das ações e divulgação da importância da vacina para a promoção, vigilância, controle e quebra de cadeia de transmissão. Com a vacina em estoque o Município deve promover essas ações de forma a alcançar as metas do calendário vacinal, bem como atender a demandas espontâneas.
Grupos prioritários
Entre a população prioritária, as puérperas registraram a maior cobertura vacinal, com 288,6 mil doses aplicadas, o que representa 81,9% deste público. Em seguida estão os idosos (72,2%), funcionários do sistema prisional (71,3%), indígenas (70,7%) e professores (65,7%). Os grupos que menos se vacinaram foram os profissionais das forças de segurança e salvamento (24%), população privada de liberdade (32,2%), pessoas com comorbidades (54%), trabalhadores de saúde (60,9%), crianças (61,5%) e gestantes (63,2%).
A escolha do público prioritário no Brasil segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. Os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias são priorizados.
Da Agência CNM de Notícias, com informações do Ministério da Saúde