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04/04/2018

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Levantamento: 93% dos Municípios da fronteira estão sem UTI e 22% não têm leito de internação

AnvisaProblemas com a falta de segurança não são os únicos enfrentados pelos governos e pela população nos Municípios de fronteira. Um levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) indica que um em cada cinco Municípios – que fazem fronteira com outros países – não tem leitos de internação disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 93% desses locais, também não há leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Ainda, segundo o levantamento, onde há UTI, foram contabilizados 273 leitos, sendo que 133 estão apenas em Porto Velho (RO). O diagnóstico também confirma precariedade no atendimento à saúde nos 122 Municípios fronteiriços do Acre, do Amapá, do Amazonas, de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, do Pará, do Paraná, do Rio Grande do Sul, de Rondônia, de Roraima e de Santa Catarina. Dados relativos ao ano de 2018.

De acordo com o levantamento, o total de habitantes dessas localidades contrasta com o de unidades básicas de Saúde (UBS) ou centros de saúde neles disponíveis: são cerca de 3,4 milhões de habitantes e 654 unidades. Também não há hospital geral em 42 Municípios limítrofes. Nos demais, existem 115 hospitais, conforme dados obtidos pelo CFM junto ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), coordenado pelo Ministério da Saúde.

Comparação
Segundo análise do CFM, o total de hospitais na faixa de fronteira é praticamente igual ao registrado apenas no Município do Rio de Janeiro (RJ). De acordo com o levantamento, quase mil internações para tratamento de pneumonias ou gripe tiveram que ser feitas em outros locais, e 1,7 mil partos ocorreram fora dos limites dos Municípios fronteiriços. Entre 2011 e 2017, o número de consultas teve redução de 17%.

Problemas de saúde superados em outras épocas voltam a apresentar incidência elevada na faixa de fronteira, como por exemplo: a hanseníase e a tuberculose. A hanseníase foi registada em 70 Munícipios em 2015 e a tuberculose em 92. Em comparação à média nacional, a mortalidade infantil também é elevada em 71 dos 122 Municípios de fronteira. E o número de profissionais da saúde também é menor nessas localidades.

Profissionais
Mesmo com uma melhora nos últimos anos, apenas 3.869 médicos atuam nessas áreas – 0,9% do total em atividade no país. O número de enfermeiros e odontólogos é ainda menor: 3.309 e 1.726, respectivamente. Isso representa 0,7% e 1,3% do total de profissionais de cada uma das categorias.

A realidade apresentada no levantamento do CFM tem sido mostrada há anos pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). A entidade busca melhorias nas condições de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e de estruturação das Redes de Atenção à Saúde, principalmente nos Municípios de fronteira e nos de pequeno porte, pelo difícil acesso.

Com informações da ABr


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