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27/04/2018

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Levantamento aponta resultados negativos em razão do mau uso de medicamentos

remedioOs problemas causados pelo uso de medicamentos, além de graves, custariam R$ 60 bilhões ao ano para o Sistema Único de Saúde (SUS). A constatação foi feita por meio de um estudo que divulgado por farmacêutico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

De acordo com o levantamento do farmacêutico Gabriel Freitas, a cada real investido no fornecimento de medicamentos, o governo gastaria R$ 5 para tratar as consequências negativas. As mais onerosas seriam as causadas por reações adversas (39,3% dos gastos), pela não adesão ao tratamento (36,9%) e pelo uso de doses incorretas (16,9%). Metade dos casos poderia ser evitada com uma supervisão mais cuidadosa e efetiva dos tratamentos.

Atentos ao problema, os Conselhos de Farmácia se uniram em uma campanha nacional de promoção da adesão às terapias medicamentosas e ao seu uso seguro e racional. A iniciativa é em comemoração ao Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, 5 de maio. O público-alvo da campanha não foi escolhido por acaso.

Outros pontos

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 70% dos pacientes com hipertensão, diabetes ou dislipidemias – em sua maioria usuários de vários medicamentos –, não conseguem controlar suas doenças mesmo tendo diagnóstico e prescrição de médicos. Em outro estudo, o órgão apurou que 82% dos pacientes que utilizavam 5 ou mais medicamentos de uso contínuo o faziam de forma incorreta ou demonstravam baixa adesão ao tratamento. Um em cada três pacientes abandonou algum tratamento, 54% omitiram doses, 33% usaram medicamentos em horários errados, 21% adicionaram doses não prescritas e 13% não iniciaram algum tratamento prescrito.

Além de promover a conscientização da população sobre a importância do acompanhamento farmacêutico para a prevenção de danos e o uso seguro dos medicamentos, os Conselhos querem utilizar a campanha para contribuir de forma mais efetiva para a reversão dessas estatísticas. Durante todo o mês de maio, os voluntários engajados na iniciativa buscarão serviços públicos de saúde, como as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e as farmácias públicas, para verificar se pacientes polimedicados têm acesso e aderem ao tratamento medicamentoso ou não.

A proposta é envolver, também, os farmacêuticos dos serviços onde será feita a coleta dos dados, para que eles, ao entrevistar seus pacientes, tenham uma melhor compreensão do problema, e consigam traçar estratégias para resolvê-lo. O estudo será feito em 24 das 27 unidades federativas.

Os conselhos de Farmácia esperam sensibilizar os gestores públicos. "É uma iniciativa que visa à melhoria da qualidade da assistência à saúde e também racionalizar gastos do sistema público", comenta o presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter da Silva Jorge João.

Com informações do Conselho Federal de Farmácia


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