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05/01/2017
HPV: meninos também receberão vacina contra o vírus a partir deste ano
A partir deste mês, a rotina do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) vai incluir a vacina conta o HPV para meninos. A imunização passa a abranger adolescentes entre 12 e 13 anos de idade. A proposta é que essa faixa etária seja expandida gradativamente até o ano de 2020, incluindo meninos de 9 anos a 13 anos.
A expectativa do Ministério da Saúde é imunizar 3,6 milhões de meninos neste ano, além de 99,5 mil crianças e jovens de 9 a 26 anos que possuem HIV/aids. A estratégia tem como objetivo proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV. A definição da faixa-etária para a vacinação visa proteger as crianças antes do início da vida sexual e, portanto, antes do contato com o vírus.
O programa de imunização para meninos contra HPV será de duas doses, com seis meses de intervalo entre elas. Para os que vivem com HIV, o esquema vacinal é de três doses – intervalo de 0, 2 e 6 meses. No caso dos portadores de HIV, é necessário apresentar prescrição médica. A vacina disponibilizada para os meninos será igual à já oferecida para as meninas desde 2014. A imunização protege contra quatro subtipos do vírus HPV – 6, 11, 16 e 18 – e tem 8% de eficácia para quem segue corretamente o esquema vacinal.
Meninas
Neste ano, também serão incluídas na vacinação do HPV as meninas que chegaram aos 14 anos sem tomar a vacina ou que não completaram as duas doses. A faixa etária atual para o público feminino é de 9 a 13 anos. Nas meninas, o principal foco da vacinação é proteger contra o câncer de colo do útero, vulva, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas; verrugas genitais e infecções causadas pelo vírus.
Meningite
Adolescentes de 12 e 13 anos, de ambos os sexos, também passarão a receber a vacina contra meningite C a fim de reduzir o número de casos. A meningite é uma doença considerada endêmica no Brasil. Em 2015, foram registrados 15,6 mil casos de diferentes tipos em todo o país, sendo a meningite C é o subtipo mais frequente da doença, e representa cerca de 60% a 70% dos casos de meningite.
O objetivo é reforçar a eficácia da meningocócica C. A vacinação também dever ser ampliada para adolescentes – sexo feminino e masculino – de 9 a 13 anos, gradativamente, entre 2017 e 2020. No próximo ano, serão incluídos adolescentes de 12 a 13 anos e, a cada ano, será acrescida nova faixa etária em ordem decrescente.
O objetivo é imunizar 7,2 milhões de adolescentes, que representam 80% do público-alvo. O esquema vacinal para esse público será de um reforço ou uma dose única, conforme a situação vacinal. Atualmente, essa vacina é ofertada para crianças aos três, cinco e 12 meses. A média anual de cobertura é de 95%, tendo alcançado em 2015 o índice de 98,2%.
Agência CNM, com informações do Ministério da Saúde