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02/08/2017
Hospitais usam biópsia menos invasiva para monitorar câncer de pulmão
O câncer de pulmão é o mais comum dos tumores malignos e um dos mais letais, com sobrevida média entre 7% a 10% em cinco anos, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A notícia boa é que três grandes hospitais de São Paulo incluíram na rotina clínica hospitalar a realização da biópsia líquida como forma de monitoramento do câncer de pulmão. Trata-se de um exame minimamente invasivo, rápido e indolor.
De acordo com matéria publicada no jornal Estadão, esse exame é realizado por meio de uma simples coleta de sangue do paciente, que consegue detectar fragmentos de DNA do tumor na corrente sanguínea (ct DNA) e prever o risco de resistência à droga que está sendo utilizada. Até então, apenas pacientes que participavam de pesquisas nesses centros eram beneficiados.
A grande vantagem da técnica, de acordo com a matéria, é que ela permite monitorar o comportamento do tumor no organismo do paciente sem uma biópsia convencional – em que se retira um fragmento do tumor para análise em laboratório, com internação e anestesia – e sem a necessidade de exames complexos de imagem. Vale ressaltar que a biópsia convencional ainda é necessária e fundamental para o diagnóstico correto do tipo de câncer.
O uso da biópsia líquida é bem estabelecido mundialmente para o câncer de pulmão, e há estudos para tumores de mama e colorretal. No caso do câncer de pulmão de pequenas células, o exame busca mutações no gene EGFR, para o qual há indicação do uso de uma terapia alvo – droga que age diretamente no tumor, preservando as outras células. Essa mutação aparece em cerca de 20% dos pacientes.
Custos
A única ressalva em relação ao uso da biópsia líquida como rotina é o custo do procedimento – que nem sempre é coberto pelos planos – e do medicamento para tratar a resistência ao tumor. Cada biópsia líquida custa entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil. A droga foi aprovada recentemente no Brasil e fica em torno de R$ 30 mil a cartela com 30 comprimidos – o suficiente para um mês.
Agência CNM, com informações do Estadão