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02/08/2017
Goiás conhece detalhes da Rede Municípios Doadores
O segundo dia do Diálogo Municipalista iniciou com apresentação sobre o desenvolvimento de ações locais para a formação da Rede de Municípios Doadores. O evento, promovido pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), ocorre nesta quarta-feira, 2 de agosto, na Cidade de Goiás (GO).
A área técnica de Saúde conduziu os debates. O objetivo era mostrar aos gestores goianos como eles podem contribuir com a Rede. O projeto piloto da entidade vem para fazer uma ponte entre doadores, Entes locais e hemocentros.
Hoje, o baixo volume nos estoques é uma realidade em diversos Municípios, que se atenua principalmente no período de férias. Isso porque os potenciais doadores viajam e, como consequência, o número de doações cai.
A Rede Municípios Doadores tem o propósito de estabelecer um fluxo mais eficaz de divulgação e atendimento de demandas por sangue. No encontro, os participantes conheceram o aplicativo da rede, por onde poderão receber alertas dos hemocentros locais e desenvolverem campanhas de apoio.
Por meio desse projeto, a Confederação reforça não apenas o papel dos prefeitos como agentes-chave para manter os estoques de sangue, como também a comunidade em fazer as doações.
Alerta vermelho
Como destacou o diretor do Hemocentro de Goiás, Mauro Silva, a situação é dramática. O número de doadores é insuficiente para cobrir a demanda de sangue, que só pode ser obtido dessa forma; não há como ser produzido ou comprado.
Para ilustrar, ele falou a respeito da realidade do Município de Goiânia (GO). “A cidade de Goiânia, por exemplo, precisa de pelo menos 150 bolsas de sangue para manter o estoque em um nível adequado. Porém, trabalhamos com 70, 80 bolsas por dia”, disse.
Silva também explicou que há dois tipos de doadores e eles chegam ao hemocentro por motivos distintos. “Tem o doador por amor e o doador pela dor. O doador por amor é assíduo, vai uma vez por ano. E o doador pela dor quando a pessoa vai até o hemocentro para doar para um familiar ou amigo que precisa”, diferenciou.
Engajamento municipal
A primeira-dama de Porangatu (GO), Leila Fernandes, acompanhava atenta às palestras e solicitou a palavra para fazer um comentário. Ela falou que já havia atuado durante alguns anos no Corpo de Bombeiros e tinha visto de perto essa realidade dos baixos estoques sanguíneos.
Fernandes elogiou o projeto Municípios Doadores e também fez um apelo aos presentes. “Todos nós podemos fazer a nossa parte. Eu, no meu aniversário, decidi não receber presentes. Pedi para que meus convidados doassem sangue e, nós conseguimos uma média de 30 doações. Esse número é pouco, mas assim, a gente vai quebrando o estigma de doar sangue e ajuda quem precisa”, concluiu.
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