Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com o política de privacidade e política de cookies.

Home / Comunicação / Gestores mineiros da região da Sudene apoiam unificação das eleições em 2022

Notícias

26/05/2020

Compartilhe esta notícia:

Gestores mineiros da região da Sudene apoiam unificação das eleições em 2022

CNMPreocupados com o avanço do novo coronavírus nas cidades do interior, gestores de Minas Gerais estiveram reunidos nesta terça-feira, 26 de maio, para tratar das Eleições 2020. A videoconferência foi realizada pela Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), que abrange 95 prefeituras. Como os participantes destacaram, o pleito municipal deste ano já está comprometido pela pandemia da Covid-19. Sem a perspectiva de quando a crise sanitária e seus picos e fases de contágio irão passar, prefeitos e vereadores confirmaram apoio à solução definitiva, proposta pelo movimento municipalista.

Nesta segunda-feira, representantes das 27 entidades estaduais, que compõem o Conselho Político da CNM, se reuniram para discutir o tema e chegar a um consenso. Os presidentes da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e da Associação Mineira de Municípios (AMM-MG), Glademir Aroldi e Julvan Lacerda - que também é vice-presidente da CNM -, esclareceram aos gestores da Amams posicionamento das entidades. “Se tiver que mexer na data da eleição, que seja para unificar, ser em 2022. Sabemos que é difícil viabilizar, mas tem a economia e a praticidade”, resumiu Lacerda.

“Pedimos suspensão da eleição neste ano, porque o Brasil não tem condições. E também a coincidência de mandato. Uma eleição tem um custo entre 3,5 bilhões e 4 bilhões de dólares. Ou seja, de 16 a 20 bilhões de reais. Em situação normal, já não dá para investir esse valor a cada dois anos. Muito menos com uma pandemia”, argumentou Aroldi. O presidente da Confederação lembrou que, além do montante - que deveria ser destinado para conter os efeitos do coronavírus -, existem dificuldades para a própria gestão municipal. Como o encerramento do exercício financeiro e a prestação de contas.

CNMTransição e pico de contágio
Julvan Lacerda complementou dizendo que o calendário eleitoral estabelece 90 dias entre a eleição e a posse justamente para acerto das contas e transição aos eleitos. Atualmente, parlamentares e o próprio presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, têm se mostrado favoráveis ao adiamento da data para dezembro. O prefeito de Claro dos Poções, Norberto Marcelino, concordou que a mudança prejudica a administração municipal, já tão abalada pela crise. “Para quem vai passar bastão pode ser que haja dificuldade administrativa para realizar todos os procedimentos. Tem uma troca de serviços, que impacta a área da saúde”, exemplificou.

Entre os impeditivos, Aroldi destacou que são cerca de 2 milhões de mesários trabalhando no pleito. Sem contar as aglomerações nas campanhas e nos dias de votação. Um cenário preocupante já que não há previsão certa de pico de contágio ou de uma segunda e terceira onda. “Ainda não chegamos ao ápice e a situação vai agravar muito, infelizmente. Realizar eleições neste ano é colocar em risco a saúde da população brasileira. Quem vai se responsabilizar pelo dano que as eleições poderão causar na saúde dos brasileiros?”, questionou.

Encaminhamentos
O presidente da Amams e prefeito de Ibiaí, Lara Cordeiro, lamentou que boa parte dos Municípios da região ainda sofrem com o acesso à internet: “Temos moradores que não conseguiram atualizar cadastro eleitoral e não poderão votar”. No caso de Minas Gerais, os participantes chamaram atenção para agravante. “Vivemos no Estado duas crises muito graves. A pandemia e a crise financeira, que se arrasta desde o início do mandato. Os gestores públicos perderam quase um ano e meio para se organizarem”, ressaltou o vereador de Montes Claros Daniel Dias, representando a Associação de Vereadores da Área Mineira da Sudene (Avams).

Por fim, como encaminhamento da conversa, eles explicaram que irão articular com os deputados e senadores do Estado para votar as propostas que tratam da unificação. Aroldi citou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 19/2020, do senador Wellington Fagundes. “Estamos prontos para abraçar essa causa com a CNM e a AMM. Que esse trabalho que vocês fizeram tenha resultado positivo”, declarou o presidente da Amams, referindo-se à carta elaborada pelas entidades.

Por Amanda Maia
Da Agência CNM de Notícias

 


Notícias relacionadas