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19/05/2021
Frasco com menos doses de vacinas pode ser causado pelo uso de seringas inadequadas, aponta Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluiu que não há indícios de que frascos da vacina CoronaVac estejam sendo fabricados com volume menor de doses. O problema, segundo relatório divulgado, dos frascosmultidose renderem menos de dez doses pode estar relacionado a erros de extração, principalmente pelo uso de seringas inadequadas.
A agência abriu investigação para averiguar uma possível redução da quantidade de doses nos frascos, relatada por diversas localidades, mas afirmou que não houve falha técnica. A avaliação indica que o uso de seringas de 3 ml não é a mais adequado para a extração das vacinas, que possuem doses de 0,5 ml. O ideal são as seringas de 1 ml por terem maior precisão para cada dose.
Os técnicos da Anvisa promoveram inspeção na linha de envase da vacina CoronaVac, no Instituto Butantan, que constatou que cada frasco tem entre 5,5 ml e 5,9 ml, o equivalente a 10 doses, já considerada a margem de segurança. Também fizeram testes de extração e avaliação de queixas relativas a seringas e agulhas, constantes do banco de dados da Agência.
Levantamento
No entanto, um levantamento do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems-SP) apontou que 44,4% dos frascos analisados renderam menos de dez doses. A experiência contou com participação de profissionais de nove Municípios, mas a suspeita ganhou notoriedades após diversos Municípios confirmarem o déficit de doses por fracos.
Vale lembrar que a Anvisa publicou autorização para o Butantan reduzir volume do frasco multidose de 6,2 ml para 5,7 ml, no dia 5 de março. A agência explica que os primeiros frascos - importados da China, vieram com dose única; já as primeiras remessas fabricadas no Brasil rendiam até 12 doses; e o ajuste para 10 doses ocorreu após diversas notificações de excesso de doses por frasco.
Recomendações
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) acompanha os desafios dos Municípios em relação à vacinação contra a Covid-19. Em pesquisa semanal, a entidade constatou que em muitas localidades os fracos da Coronavac não renderam dez doses, conforme previsto na bula. Diante do relatório da Anvisa e do levantamento do Cosems-SP, a entidade reforça a importância de as recomendações técnicas serem observadas.
Por meio da ação direta com os gestores locais, a Confederação continuará monitorando a situação e espera que o problema seja sanado nos próximos dias.
Da Agência CNM de Notícias, com informações da Anvisa, EBC e Uol