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13/05/2011

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Forquetinha (RS) troca PSF por Programa de Saúde Municipal

CNM

O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, sempre alerta aos prefeitos que não dependam de convênios com o governo. Ele explica que um dos programas que gera problemas para maioria dos Municípios  que têm convênio é o Programa Saúde da Família (PSF). “O governo paga R$ 8 mil e nos Municípios a manutenção do programa não sai por menos de R$ 25 mil para a maioria”, afirma  Ziulkoski. O Município gaúcho de Forquetinha desistiu do convênio com o PSF que cobrava inúmeras contrapartidas e resolveu montar seu próprio Programa de Saúde municipal.

Muitos  Municípios que criaram seus programas de Saúde provam que o modelo é um sucesso e ganha a satisfação dos habitantes. O prefeito de Forquetinha, Waldemar Laurido, recebia reclamações constantes da população quanto ao PSF. Segundo o gestor, os médicos sempre faltavam e os técnicos não tinham a formação necessária para ações simples como: aplicar injeções e aferir pressão. “Agora, nós fizemos um Programa de Saúde Básica que se adequa às nossas necessidades. Extinguimos o programa e não sentimos falta do repasse, pois era pequeno e não conseguíamos cumprir as demandas do governo”, ensina o prefeito.

Exemplo a ser seguido

A Coordenadora de Saúde de Forquetinha, Regiane Möllmann, conta como funciona o programa municipal criado pela prefeitura. As enfermeiras fazem uma avaliação prévia do paciente, visitando diariamente cada um, e o médico faz uma visita semanal. “Logo vamos lançar um projeto novo. Será feito o cadastramento do histórico médico de cada idoso, pois eles andam esquecendo os remédios que tomam e dados importantes, o que vai facilitar para o médico.”

Algumas das metas esperadas pelo programa são 100% das crianças com vacinas em dia, com teste do pezinho e que 100% das pessoas sejam acompanhadas mensalmente com visitas domiciliares pela equipe.

O prefeito explica que agora paga um médico de 20h, que é o que o Município pode pagar. “O programa começou em janeiro, e a população parece estar aceitando bem, gastamos menos agora e temos mais qualidade no atendimento”, garante Waldemar.

A iniciativa da prefeitura deu tão certo que foi apresentada durante a  XIV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, como exemplo de boa prática a ser seguida. “Nós somos os grandes parceiro do governo. A União cria os programas e nos executamos”, disse Ziulkoski. Ele reafirma: “está na hora de parar de criar programas por meio de medidas administrativas e começar a regulamentar os que já existem”.


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