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16/03/2015
Falta de verba suspende Samu em pelo menos 20 Municípios gaúchos
Devido ao atraso nos repasses, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para as ambulâncias avançadas está suspenso em toda a Região do Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. A suspensão das atividades afeta cerca de 200 mil pessoas em mais de 20 Municípios. Segundo informações da RBS TV, em matéria publicada nesta segunda-feira, 16 de março. A dívida do Estado com a Região já ultrapassa R$ 2 milhões.
O serviço do Samu tem sede em três cidades do Vale do Rio Pardo: Santa Cruz do Sul, Rio Pardo e Venâncio Aires. As ambulâncias avançadas, que são equipadas com UTI, são responsáveis por atender os 23 Municípios da região. Agora sem os repasses os veículos de socorro não irão mais se deslocar para fora dessas três cidades.
Fazem parte da Região do Vale do Rio Pardo as cidades de: Arroio do Tigre, Barros Cassal, Boqueirão do Leão, Candelária, Encruzilhada do Sul, Estrela Velha, General Câmara, Herveiras, Ibarama, Mato Leitão, Pantano Grande, Passa Sete, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Segredo, Sinimbu, Sobradinho, Tunas, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz.
O atendimento com a Unidade Básica do Samu permanece regional, com recursos municipais. Os débitos do Estado com os Municípios de Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul somam aproximadamente R$ 800 mil. Todavia, a situação mais grave ocorre em Rio Pardo, onde a dívida passa de R$ 1,2 milhão, com o último pagamento feito em julho de 2014.
Diante do impasse, o Estado do Rio Grande do Sul repassou às prefeituras R$ 6,2 milhões como pagamento ao Samu. Os Municípios, por outro lado, relatam que ainda há valores devidos do ano de 2014 que estão em aberto. Há uma previsão da verba do mês de fevereiro a ser disponibilizada em 25 de março próximo.
Sobre o Samu
Criado em 2004, o Samu tem a finalidade de prestar o socorro à população em casos de emergência. O serviço funciona 24 horas por dia e conta com equipes de médicos, enfermeiros e socorristas para os mais diversos acontecimentos.
O acesso ao Samu é feito por meio do telefone 192, via chamada gratuita. Então, uma equipe de profissionais é deslocada para o local da chamada.
Orientações aos gestores
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) chama a atenção dos gestores municipais sobre a pactuação desse serviço. Os valoresrepassados pelo Ministério da Saúde para a construção, manutenção dos veículos e despesas de pessoal são inferiores ao custo real.
A orientação é que os gestores façam um levantamento minucioso dos custos e gastos reais que o programa trará ao Município. Assim, podem sem evitados episódios onde o ente municipal faz a adesão e depois não possui condições financeiras de implementar o Samu.
Da Agência CNM, com informações do Portal G1