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21/05/2014
Estudo revela a falta de informação sobre tráfico de pessoas
O tráfico de pessoas é um tema nem sempre retratado com a devida complexidade pelos holofotes da mídia brasileira. Essa foi a conclusão de um estudo realizado pela Organização Não Governamental Repórter Brasil, que faz parte do Projeto de Cooperação Técnica do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime e da Secretaria Nacional de Justiça.
A ONG analisou 665 textos publicados em jornais de circulação nacional entre janeiro de 2006 e julho de 2013. Um dos destaques da pesquisa diz respeito a passividade da mídia. De acordo com o presidente da entidade, Leonardo Sakamoto, "há uma falta de informação sistemática que acaba aparecendo. A mídia não desenvolve pesquisas e investigações com frequência por conta própria, mas acaba sendo pautada pela agenda do judiciário, do executivo, do legislativo e da polícia".
Além disso, Sakamoto comentou sobre conceitos pré-estabelecidos e que precisam ser aclarados. Um exemplo comum é que o tráfico de pessoas ocorre sempre para o exterior e só afeta mulheres e pobres.
De 2005 até 2011, 475 pessoas foram traficadas no Brasil. Entretanto, o Conselho Nacional de Justiça reconhece que nem todos os casos são registrados pelos órgãos de enfrentamento. O que pode elevar as estatísticas.
Da Agência CNM, com informações da rádio Câmara