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27/09/2013
Estudo mostra redução da mão de obra infantil no Brasil
A mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), com base em 2012, mostrou redução no trabalho infantil e de jovens com menos de 18 anos. Em geral, em todo o Brasil, a quantidade de trabalhadores de 5 a 17 anos caiu, mas em algumas regiões, como o Centro-Oeste, isso não ocorreu. A queda ocorreu mais entre os homens do que entre as mulheres.
Como em anos anteriores, a redução do trabalho infantil foi mantida. Em 2012, o total foi de 8,3%. Em 2011, de 8,6% e, em 2009, de 9,8%. De acordo com a Pnad, no ano passado, 3,518 milhões de crianças de 5 a 17 anos trabalhavam. Em relação ao ano anterior, a queda foi de 4,20% ou 156 mil pessoas a menos.
A redução mais significante foi na faixa dos 15 anos. Enquanto nas de 16 e 17 anos houve crescimento. No ano passado tinham mais 82 mil desta faixa etária no mercado de trabalho. A partir dos 13 é permitido empregar, desde que a tarefa do jovem seja voltada à formação profissional, sem riscos e com restrição ao período noturno.
Quando levadas em consideração a faixa etária, a com maior redução foi de 10 a 13 anos. Passou de 615 mil para 473 mil trabalhadores, queda de 23%. A segunda maior diminuição foi registrada entre os jovens com 14 ou 15 anos, de 963 mil para 875 mil, redução igual a 9,13%. E por fim, entre 5 e 9 anos, foi de 89 mil para 81 mil, ou 9%.
Dados regionais
No caso das regiões, o destaque é para o Norte do país, com a maior diminuição de exploração infantil: recuou 11,86%, 58 mil pessoas a menos. O Estado do Amazonas contribuiu bastante reduziu de 14 mil para 4 mil o número de crianças de 5 a 9 anos que trabalham.
O oposto ocorre no Centro-Oeste. A região onde ainda há mais trabalhadores mirins. O trabalho infantil cresceu de 2011 para 2012. São 34 mil trabalhadores a mais, aumento de 14,71%, de 231 mil para 265 mil.
O Nordeste tinha de 1,284 milhão e passou para R$ 1,165 milhão, queda de 9,26%. No entanto, nesta mesma região aumentou em 4,29% o número de trabalhadores no grupo de 16 a 17 anos.
No Sudeste, o Estado de Minas Gerais apresentou o maior crescimento no trabalho infantil de 5 a 9 anos, passou de 8 mil para 12 mil, um aumento de 50%. E, no Sul, houve redução 3,71% - de 592 mil para 570 mil. Nas faixas de 5 a 9 anos, houve crescimento de 33%, de 6 mil para 8 mil, nos de mais e 16 ou 17 anos, o aumento foi de 372 mil para 373 mil.