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10/02/2015
Estocagem de água, pela crise hídrica, multiplica os casos de dengue pelo País
A crise hídrica já afeta centenas de Municípios. Porém, as consequências disso são ainda mais graves do que se pode imaginar. Com a estocagem de água, cresce também o número de casos de dengue. Ao todo, já são 11 Municípios paulistas que reconhecem oficialmente a epidemia. Segundo informações do Ministério da Saúde, 13 pessoas morreram no interior do Estado com suspeita de dengue.
A prefeitura de Estrela D'Oeste, em São Paulo, decretou Estado de Emergência em função do aumento nos casos da doença. Também decretaram emergência na mesma região os Municípios de Catanduva, Guararapes, Tanabi, Penápolis e Neves Paulista. Sete das mortes suspeitas ocorreram nessa região.
Em Sorocaba (SP), foi desenvolvida uma ação com agentes sanitários para combate ao mosquito. Eles foram autorizados pela prefeitura a entrarem em casas fechadas. A cidade, com mais de 600 mil habitantes, é a maior em emergência pelo elevado número de casos.
No Município de Marília a prefeitura montou um posto de atendimento exclusivo para casos de dengue. Mais de 1,4 mil casos confirmados e duas mortes suspeitas levaram a prefeitura a decretar emergência.
Paraguaçu Paulista usou o decreto de emergência para convocar médicos, clínicas e laboratórios para auxiliar no atendimento a mais de mil pessoas com dengue.
Limeira, região de Campinas, atingiu nível de epidemia com mais de 900 casos confirmados e também está em emergência. Ubirajara e Pindamonhangaba já transformaram a emergência em calamidade pública.
Alerta no Sul
O Rio Grande do Sul também vivencia uma situação semelhante aos Municípios paulistas. A cidade de Porto Alegre tem verificado aumento do mosquito transmissor da dengue no litoral. Entre os fatores que desencadearam os focos está a condição climática. As fortes chuvas dos últimos meses têm facilitado o acúmulo de água em locais impróprios. Ao mesmo tempo, as temperaturas elevadas também facilitam o desenvolvimento das larvas do mosquito.
Desde o ano passado, três cidades litorâneas registraram focos: Torres, Imbé e Osório. Porém, o caso mais preocupante é o de Torres, que está em situação de alerta. O momento preocupa a prefeita Nílvia Pinto Pereira. “É triste presenciar um local como este. É preciso que a gente compreenda que cada um precisa fazer a sua parte”, destacou.
Da Agência CNM, com informações do Correio do Povo e do Portal Exame