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17/02/2016

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Especialistas discutem como enfrentar as 'doenças negligenciadas'

17022016_doenasnegligenciada_SaudeGovDoenças consideradas negligenciadas como a tuberculose, a leishmaniose, a doença de Chagas, a sífilis congênita e outras que afligem a humanidade há séculos continuam sem atenção devida das autoridades. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) tanto os governos como a indústria farmacêutica e as instituições de pesquisa ainda são relapsas quando se trata destas enfermidades. O tema foi debatido nesta terça-feira, 16 de fevereiro, pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, sob a presidência do senador José Medeiros (PPS-MT).
 
Marli Araújo, atingida pela hanseníase, demorou anos para conseguir saber o seu diagnóstico. Depois ainda sofreu preconceito por pessoas que deveriam ser especialistas nas doenças. Integrante do Grupo de Apoio às Mulheres Atingidas pela Hanseníase (GMAH), atualmente Marli luta pelos direitos dos pacientes. Ela lembra que as sequelas da hanseníase não são consideradas deficiências, e as vítimas ficam totalmente desassistidas, apesar de estarem impossibilitadas de trabalhar.
 
“Meu maior choque foi ter sido discriminada por um médico e por um dentista, que se recusaram a me atender depois que descobriram minha condição. Há ignorância da população e total despreparo dos profissionais, que sequer sabem detectar a enfermidade, cujo diagnóstico é feito por exame clínico“ lamentou Marli.
 
Formação
A falta de preparo dos profissionais de saúde foi debatida em boa parte da reunião. Os especialistas da área concordaram que há deficiências na formação dos estudantes.
 
A presidente do Departamento de Dermatologia da Associação Paulista de Medicina, Leontina Margarido, lembrou que as doenças negligenciadas não atingem somente as camadas pobres da população, mas gente de todas as classes sociais. Além disso, ressalta, muitas delas têm cura a partir de um diagnóstico precoce.
 
O representante do Ministério da Saúde, Alexandre Medeiros de Figueiredo, disse que o desafio não é só agilizar o diagnóstico, mas investir em ações de vigilância e comunicação para combater a ignorância.
 
Agência CNM, com informações da Agência Senado

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