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29/06/2017
Em reunião no Ministério da Integração, CNM fala sobre gestão de recursos hídricos
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) participou de reunião nesta quinta-feira, 29 de junho, no Ministério da Integração Nacional. A entidade falou com o chefe de gabinete do ministro, Gustavo Henrique Canuto, sobre os pleitos municipalistas relativos à gestão dos recursos hídricos.
Representada pelo secretário-geral, Eduardo Tabosa, a Confederação se colocou à disposição da pasta para apoiar na busca de estratégias em relação ao enfrentamento dos impactos decorrentes de desastres naturais. “A gente quer encontrar maneiras e tecnologias para enfrentar isso. Queremos ser parceiros. Precisamos melhorar essa relação”, disse Tabosa.
A CNM aproveitou a oportunidade para convidar o governo federal, por meio do Ministério da Integração, a participar do Diálogo Municipalista, série de eventos promovida pela entidade e que reunirá gestores de todos os Estados do país. No Nordeste, um dos temas debatidos será Convívio com o Semiárido - Fórum Mundial da Água e Mudanças Climáticas.
Tabosa também falou sobre o difícil cenário em que vivem os Municípios impactados pela seca. “Ninguém luta contra a seca, mas precisamos aprender a conviver. No tocante a esse assunto, sentimos como se estivéssemos enxugando gelo. O carro-pipa, por exemplo, atende, mas não resolve o problema. Temos que ter outras medidas”, destacou.
Canuto agradeceu as sugestões apresentadas pela entidade e destacou a importância de estabelecer essa parceria. “O Brasil são os Municípios. O resto é uma estrutura política para fazer com que os Municípios possam se desenvolver. A população está nos Municípios. Então, sem dúvida alguma essa parceria é muito bem-vinda”, disse.
Ele também apontou as dificuldades enfrentadas pela pasta em relação às ações de defesa civil, especialmente no que se refere aos recursos financeiros. Canuto lembrou que a seca que o país vive é considerada a pior dos últimos cem anos. “A gente sabe que não pode continuar do jeito que está. Chega a R$ 1,2 bilhão por ano os gastos com carro-pipa”.
Impactos
A CNM destaca que, entre os anos de 2005 e 2016, ocorreram mais de 25.540 decretações de situação de anormalidade. Nesses últimos anos, os desastres que mais trouxeram danos e prejuízos severos aos Municípios brasileiros foram a seca e o excesso de chuvas.
Apenas em 2016, os desastres naturais trouxeram prejuízos de aproximadamente R$ 32 bilhões. A seca e responsável por grande parte desse montante, respondendo por 84% de todas as representando cerca de R$ 27,8 bilhões. As chuvas corresponderam a R$ 2,5 bilhões. A entidade apontou que essas situações provocaram colapso em estradas, suspensão de serviços essenciais, transtornos sociais e econômicos, além da degradação ambiental.
Veja aqui ofício encaminhado ao Ministério