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19/04/2012
Educação alavanca desenvolvimento em Municípios das regiões Sul e Norte do país
A Educação tem ajudado Municípios brasileiros a melhorar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Marília no interior de São Paulo, tem média 6,4 nas séries iniciais do ensino fundamental. A nota está acima da média nacional de 4,6. O Município que apostou na informatização do sistema da prefeitura, escolas e bibliotecas além de investir em projetos para educação no campo garante que esses são os motivos para ter conseguido uma boa média.
Para a secretária de Educação, Maria do Carmo Caputti Mazini, outro motivo do sucesso do Município, que hoje conta com índices comparáveis a países desenvolvidos, está na valorização profissional. “Não temos indicações políticas, os diretores de escolas são selecionados mediante concurso público. Toda equipe pedagógica da secretaria de educação é formada por professores efetivos do Município”, relatou.
Segundo a secretária de Educação, todas as as escolas públicas de Marília recebem visitas bimestrais da equipe pedagógica. A cada 15 dias os coordenadores de ensino fundamental se reúnem na Secretaria de Educação. “Eles têm direitos e deveres. Seguem diretrizes, mas também sugerem alterações e nos dão conta de problemas como, por exemplo, adaptação a livros didáticos”, explicou. Cada escola tem, no mínimo, um coordenador de ensino fundamental.
Ela também explica que o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) do Município iniciou em março atividades com sua primeira turma do Programa de Educação para o Trabalho para jovens com deficiência intelectual, conhecido por "Trampolim". O projeto busca contribuir para a formação dessas pessoas, ampliando sua capacidade de gerir a própria vida e de se relacionar. “Além disso no dia 28 de abril estamos programando nossa segunda Conferência Municipal de Cultura, para debater novas formas de levar o tema para dentro da sala de aula”, adianta.
Bom exemplo
Em Fonte Boa no Estado do Amazonas com um Ideb de 4,8, o Município ultrapassou as projeções feitas pelo Ministério da Educação (MEC) em mais de dez anos. Em 2005, quando começou a ser avaliada, a média do Município era de 2,6, o que o classificava como prioritário para o atendimento do MEC. Apenas quatro anos mais tarde, a cidade ultrapassou a nota brasileira e colecionou feitos, como a segunda nota mais alta entre todas as escolas públicas de primeira a quarta série do país.
Segundo o prefeito Antônio Ferreira Gomes todos os professores da escola ajudam a lecionar matemática e português. Para ele a interdisciplinariedade garante a assimilação da leitura, “aulas de reforço são constantes e não apenas para os que têm notas baixas, todos fazem”, revela. A leitura também é incentivada por aulas de teatro e até por um concurso municipal de leitura, que envolve todas as escolas do Município.
Margeado pelo rio Solimões e com apenas 25 mil habitantes, Fonte Boa fica a 600 quilômetros da capital, Manaus. O principal acesso ao Município é por via fluvial, em trajetos que duram, no mínimo, 19 horas. Mas o prefeito afirma que isso não é problema, “Morar no interior facilita o trabalho, se o aluno falta, o professor visita ele”, revela.
Ele ainda afirma que a prefeitura tem investido pesado para que os projetos continuem no próximo governo. “Estamos correndo contra o tempo com licitações e projetos para deixar tudo certo para que as políticas educacionais continuem melhorando. Estamos sempre acompanhando o problemas dos professores e queremos aumentar esse índice do Ideb”, completa o prefeito.
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