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16/07/2018
ECA completa 28 anos; Estatuto garante vacinação de crianças
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069/90, completou 28 anos – no dia 13 de julho. Desde sua promulgação, muito já foi mudado nessa legislação, que prevê diversas normas com o objetivo de proteger o direito à vida e à saúde de crianças e adolescentes. Entre elas, há a previsão de punições aos pais que não vacinarem os filhos. O ECA afirma que "é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias", bem como as vacinações da primeira infância.
De acordo com o advogado Herbert Alencar Cunha, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança Adolescente e Juventude da OAB/DF, a recusa em vacinar os filhos é um ato de negligência e pode ser considerado um crime grave. “Desde que haja um processo e que tudo seja investigado e apurado, pode até haver uma sentença tirando o poder familiar e aplicando as demais sanções previstas na legislação”, explicou.
O texto do ECA ressalta que a garantia do cuidado com a saúde dos filhos é um dever pertencente ao poder familiar, e assim, o descumprimento pode levar desde a aplicação de medidas leves até à destituição do poder familiar, dependendo das circunstâncias do ato. As punições estão previstas no Art.129 do Estatuto.
Atualmente, escolas públicas e particulares brasileiras podem pedir a caderneta de vacinação das crianças no ato da matrícula para alunos até o quinto ano do ensino fundamental. A não vacinação não proíbe os alunos de estarem matriculados, mas os pais são notificados a atualizar a caderneta de vacinação da criança.
Para a Confederação Nacional de Municípios (CNM), o aniversário do ECA é uma chance de alertar sobre os problemas que ainda existem. Mesmo sendo considerada uma das legislações mais modernas e protetivas do mundo, a implementação da Lei 8.069/90 ainda sofre críticas. Igualmente, promove uma reflexão sobre o papel da família e da sociedade no cuidado com os pequenos.
Com informações de brasil.gov.br