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10/12/2015
Durante seminário do MuniCiência, gestores apontam consórcios como ferramentas para inovação municipal
Após a divulgação das iniciativas mais votadas no MuniCiência, o Seminário de Iniciativas Inovadoras de Gestão Municipal continua na tarde desta quinta-feira, 10 de dezembro, com o painel sobre os desafios da gestão municipal para a competitividade.
O primeiro convidado a falar foi secretário do Consórcio da Mata Norte e do Agreste Setentrional de Pernambuco (Comanas), José Luiz Júnior. Em seu discurso, ele comentou que o grupo já atua há oito anos e que está sendo criada uma rede de consórcios no Estado.
Segundo o secretário, "o consórcio é fundamental, porque faz com que o gestor não pense somente no próprio umbigo. A criação do grupo traz para a gestão pública uma visão estratégica", acrescentou.
Posteriormente, o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota, comentou sobre a importância de trazer o tema dos consórcios para o evento. "Nós estamos vivendo um momento de crise, mas cortar só por cortar [os gastos] não resolve. Precisamos pensar em outras alternativas também".
Desafios
Os consórcios são uma forma inovadora de gestão municipal. Os convidados da mesa mencionaram também alguns desafios para a inovação. Entre eles, a mudança cultural na própria gestão. A secretária do Município de Pompéu, em Minas Gerais, acredita que somente a partir de uma vontade interna podem ser construídas boas práticas municipais.
Foi isso que aconteceu com a cidade de Ubatuba (SP). "Nós não tínhamos um setor de tecnologia na prefeitura. A gente percebeu que com tecnologia podia trazer para perto outras áreas e inovar juntos", explicou o secretário municipal de tecnologia da informação, Pedro Seno. Hoje a área apoia outros assuntos como a abertura de empresas e gestão tributária, não ficando restrita à sua função.
Mais criatividade
Na avaliação do prefeito de Bom Despacho (MG), Fernando Cabral, um dos itens essenciais para inovação é a criatividade. "O gestor precisa ter essa visão criativa. Às vezes é mais interessante você corrigir uma curva perigosa na estrada do que investir em mais ambulâncias, por exemplo", argumentou.
Ao final de sua fala ele destacou ainda que esse é um risco que os gestores correm, mas que vale a pena. "A única forma de não errar é você ficar parado. Se você parado, você não cria".