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07/01/2019

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Drogômetros são testados em motoristas da capital gaúcha

07012018 Divulgação Detran RS DrogometroEstudo piloto no Brasil, realizado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Trânsito e Álcool (Nepta), ligado ao Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, testou quatro equipamentos diferentes que identificam a presença de substâncias entorpecentes em motoristas.

A tecnologia está em estudo para a utilização na fiscalização de trânsito. Os investigadores fizeram as abordagens em conjunto com agentes das operações Balada Segura, em Porto Alegre (RS). Os resultados encontrados acenderam um alerta para as autoridades.

Foram parados 178 motoristas, dos quais 164 aceitaram participar do teste. Deste total, 14 (8,5%) tiveram amostras positivas na triagem para cocaína, nove (5,5%) para maconha, nove (5,5%) para benzodiazepínicos (usado no manejo da ansiedade e da insônia), e cinco (3%) para anfetaminas.

Com a triagem concluída com os chamados drogômetros, algumas amostras foram encaminhadas ao exterior para testes laboratoriais. Todas elas deram resultado positivo, corroborando os dados obtidos no Brasil.

Metodologia utilizada
Os aparelhos respondem "sim" ou "não", a partir de determinada concentração da droga presente no organismo. Para a análise de quantidade são necessárias técnicas confirmatórias, e isso é difícil porque só pode ser feito fora do país.

Para a cocaína, os dispositivos utilizados foram bem avaliados. Mas, para maconha, por exemplo, os resultados da avaliação dos aparelhos não foram tão positivos.

Conforme fala dos estudiosos, três dos quatro drogômetros tiveram bom resultado, mas eles não podem ser a única forma de sinalizar se o indivíduo está ou não sob efeito do uso de drogas.

Como não existe aparelho com 100% de precisão, é importante que seja feita uma avaliação adequada somando mais de uma medida. A utilização de um bom aparelho deve ser agregada à avaliação clínica dos agentes de trânsito.

Os efeitos da droga no organismo e na capacidade de dirigir não são tão conhecidos, diferentemente do que ocorre com o álcool, que possui uma curva de efeito no trânsito já conhecida.

Na questão das drogas, essas curvas não são tão perfeitas. “O usuário pode estar positivo para maconha, mas como a dose de maconha que causa alteração no trânsito é variável de pessoa para pessoa e, ela é pouco conhecida, melhor que não se tenha nada”, explica o diretor do Centro de Pesquisa, Flávio Pechansky.

Caso haja conclusão de que os drogômetros podem ser usados, caberá ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) homologar a utilização. Após esta confirmação, os órgãos de trânsito estariam aptos a iniciar o processo de aquisição dos equipamentos, somando seu uso a avaliação clínica dos agentes de trânsito.

Observatório do crack
A utilização de drogas faz parte da realidade de milhares de Municípios brasileiros. Por meio do Observatório do Crack, criado em 2011, a CNM acompanha periodicamente informações relativas ao crack e a outras drogas.

Para a Instituição, a construção de ações e políticas públicas de prevenção ao uso de drogas deve estar ancorada em dados confiáveis. Desta forma, estudos e pesquisas têm se apresentado como ferramentas que permitem aprofundar a discussão sobre a temática das drogas no Brasil.

Foto: Divulgação Detran RS
Da Agência CNM de Notícias, com informações de Clicrbs


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