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18/11/2005

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Diferenças entre os municípios pobres e ricos se mantêm inalteradas, afirma Ziulkoski

Rodrigo Bauer
Agência CNM

O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, constatou que é possível notar um pequeno crescimento na descentralização da produção de riquezas nos municípios do país. “Entretanto, deve ser observado que os municípios com menores em PIBs não conseguiram aumentar sua participação no bolo nacional; e que as diferenças entre ricos e pobres se manteve. Os municípios menores, eram 1.283 em 1999, e são 1289 em 2003. Desta forma, é possível notar que não houve melhoria do equilíbrio entre ricos e pobres, apenas surgiram alguns municípios no interior, de forma isolada, mais fortes. A economia não obteve maior homogeneização”, afirma Ziulkoski, ao comentar estudo divulgado nesta sexta-feira, 18, sobre o PIB dos municípios.

O estudo do IBGE aborda o Produto Interno Bruto dos municípios nos anos de 1999 a 2003. De acordo com estes dados, as capitais brasileiras perderam participação no PIB (Produto Interno Bruto) do país em favor de cidades que estão fora dos grandes centros urbanos e cujas economias ganharam força no cenário nacional. Em 2003, esse grupo de municípios se tornou responsável por quase metade (49,7%) de toda a riqueza produzida no Brasil (R$ 1,5 trilhão) naquele ano. Entre 1999 e 2003, as capitais também passaram a deter uma menor fração da produção na indústria e nos serviços. Ainda assim, o Produto Interno Bruto dos Municípios continuou indicando concentração: em 2003, apenas dez cidades produziam 25% de toda a renda do país, e 70 produziam 50%.

“A descentralização que houve ainda é muito pequena e sem planejamento. É possível notar que o aumento significativo no PIB de alguns municípios é fruto de grandes investimentos públicos (refinarias de petróleo, usinas, pólos petroquímicos) em pontos isolados”, afirma Ziulkoski. Para ele, são necessárias políticas de investimentos que contemplem todos os municípios, e não apenas alguns pontos isolados. “Esta pequena descentralização que houve já é um avanço, mas ainda é muito pouco”, conclui.


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