Lista com 18 Municípios dos Estados de Tocantins, Bahia, Rondônia e Amazonas, que estão livres da febre aftosa foi publicada pelo Ministério da Agricultura. Na lista estão os Municípios baianos de Buritirama, Casa Nova, Formosa do Rio Preto, Mansidão, Pilão Arcado, Remanso, Santa Rita de Cássia e Campo Alegre de Lourdes.

Segundo o prefeito de Campo Alegre de Lourdes, Alessandro Dias, o grande mérito é orientar os produtores quanto às datas de vacinação, entrega de panfletos e mostrar a importância de combater a aftosa, além de ter um posto da Agência de Defesa Agropecuária rigoroso instalado na região. Campo Alegre de Lourdes com 30 mil habitantes tem sua economia voltada para a pecuária, caprino e ovinocultura.

O prefeito ainda afirma que estar em uma região livre da doença facilita para os Municípios venderem a carne e os animais. “Nós estávamos restritos a consumir o que produzíamos. Até a área cultural sofria, alguns eventos como a Vaquejada foram suspensos por medo da doença. Agora estamos fora de risco e  podemos pensar em exportar e desenvolver o setor”, argumenta.

Além dos Municípios da Bahia e Tocantins, uma área de 1.987 Km² na região norte de Porto Velho (RO) e parte dos Municípios de Canutama e Lábrea, no Amazonas, também foram declarados livres de febre aftosa com vacinação. Embora alguns Estados tenham evoluído na classificação precisam continuar em alerta, como o noroeste do Pará que passou de alto para médio risco. O Amazonas e o Amapá deixaram à condição de risco desconhecido, passando para alto risco. Assim, o Brasil não tem mais nenhum estado como risco desconhecido.

De acordo com o governo federal, o trânsito de animais entre os Estados com risco médio e os Municípios em risco continua rigoroso para evitar novos casos. Agora só falta a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), dar o reconhecimento internacional as zonas livres de aftosa, o resultado deve sair em fevereiro.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) informa que o Brasil tem um rebanho de aproximadamente duzentos e cinco milhões de cabeças e que os Municípios podem procurar as Secretarias de Agricultura de seus Estados, pois são doadas vacinas aos produtores que se enquadram no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para um rebanho de até 50 cabeças de gado. A CNM orienta que este trabalho com certeza deve ser ampliado e desenvolvido junto entre União, Estados e Municípios. Além de se livrar da doença, será revertido em maior valorização da carne bovina e do mercado interno, mas principalmente em termos de exportação por exigência dos mercados consumidores.