Segundo Carlos Pinna, a fiscalização é essencial para combater os desvios e falhas na execução orçamentária. Roberto Leão defendeu, também, o controle social da educação como meio de fortalecer a gestão democrática nas escolas. Para ele, existe nos municípios brasileiros uma cultura de gestão pessoal, com a indicação dos gestores de escolas pelos prefeitos e secretários de Educação. "Esse cenário precisa mudar e o controle social é uma alternativa", declarou. Leão acha que só fiscalizar não basta, “a maior dificuldade é a falta de mecanismos para aplicar sanções a prefeitos e governadores quando são detectadas falhas na contabilidade pública”, diz.

Paulo Eduardo dos Santos, presidente da União Nacional de Conselhos Municipais de Educação (UNCME), disse que os conselhos municipais devem se fortalecer para democratizar a gestão das escolas. "Falta reconhecimento e autonomia financeira para que eles possam fiscalizar os recursos aplicados", afirmou.

A deputada Fátima Bezerra (PT-RN), que foi uma das autoras do requerimento para realização do seminário, acha que o debate fornecerá subsídios para o relatório final sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O relatório já foi aprovado pela Câmara e está em análise no Senado.