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03/09/2018
Desemprego reduz entre maio e julho, e CNM sugere caminho para fortalecer agropecuária
Nova Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) mostra redução do desemprego, entre maio e julho deste ano. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados dia 30 de agosto, mostram que ainda há 12,9 milhões de pessoas fora do trabalho formal no país. Dentre os caminhos para os gestores promoverem emprego o renda, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) recomenda o fortalecimento da Agropecuária, além do Turismo e da regulamentação dos pequenos negócios.
Segundo o IBGE, o desemprego obteve redução de 0,5%, em comparação com o mesmo período do ano passado, quando havia 13,3 milhões de habitantes nessa condição. Quando se considera o trimestre de fevereiro a abril, a redução da desocupação foi de 0,6%. De acordo com a Pnad, a taxa de desocupação passou de 12,9% para 12,3%, de um trimestre para o outro. Já a subutilização passou de 24,6% para 24,5%, no mesmo período. A população subutilizada está em 27,6 milhões.
A taxa de desocupação foi estimada em 12,3% no trimestre de maio a julho, o que presença redução de 0,5% em relação ao mesmo trimestre de 2017. Ainda assim existe aproximadamente 12,9 milhões de pessoas desocupadas no Brasil. Os desalentados somaram 4,818 milhões de pessoas. Esse grupo é representado por aqueles que gostariam de trabalhar, mas que estão sem emprego e desistiram de buscar uma atividade, por isso não são contabilizados na taxa de desemprego.
Ocupação
Já a população ocupada teve aumento 1,0%, o que indica 928 mil pessoas a mais; e somou 91,7 milhões em comparação com o anterior. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o crescimento foi 1,1%. O número de empregados com carteira de trabalho assinada foi de 33 milhões; o número de empregados sem carteira de trabalho assinada foi de 11,1 milhões; e a categoria dos trabalhadores por conta própria contabilizou 23,1 milhões. O rendimento médio real habitual foi de R$ 2.205 no período.
O grupo dos empregados no setor público, inclusive servidores estatutários e militares, registrou 11,7 milhões de pessoas. De um trimestre para o outro, o crescimento foi de 2,5%. Frente ao ano passado, o aumento foi de 2,7%, nas categorias administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais; e de 6,0%, em outros serviços. isso demostra um aumento de 695 mil pessoas.
Categorias
Nas categorias de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais o contingente de ocupados subiu 2,9%, o que indica 451 mil pessoas a mais. Em contrapartida, o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de junho mostrou que a Agropecuária foi o setor que mais criou vagas de trabalho, com a abertura de 40.917 postos no mês, e expansão de 39,6% em relação ao mês anterior, quando havia aberto 29.302 vagas.
Diante dos números, a Confederação destaca que a Agropecuária gera emprego e superávit na balança comercial, mesmo em períodos de crise. E, por isso, a entidade chama atenção dos gestores municipais para a possibilidade de conquistar emprego e renda, por meio do setor e das demandas dos produtores locais. “O Plano Municipal de Desenvolvimento Rural é um caminho para traçar na definição de prioridades para atuação do setor público, em apoio ao crescimento da produção rural”, aconselha o técnico de Desenvolvimento Rural da CNM, Osni Rocha.
Agropecuária
Para ajudar nesse processo de crescimento da produção e na demanda tecnológica, que chega ao produtor por meio da assistência técnica e extensão rural, a CNM recomenda que o Município busque apoio na Empresa Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Além disso, a entidade informa sobre a maior política do governo federal de apoio ao setor, o Crédito Rural, com valores de R$ 300 bilhões. A verba pode ser usada para ampliar e melhorar a atividade produtiva local.
A Confederação reforça ainda: o desenvolvimento da produção rural agrega valor à produção primária, além de promover geração de renda. Conforme explica a área de Desenvolvimento Rural da CNM, a criação do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) surge junto com a expansão agropecuária, e é responsável pela realização da prévia fiscalização industrial e sanitária dos produtos de origem animal. O SIM tem a capacidade de apoiar a formalização das agroindústrias municipais, que atuam ilegalmente, e promover ação orientativa aos produtores rurais focado no aumento do comercio formal.
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Por: Raquel Montalvão, com informações do IBGE
Foto: Pedro Ventura Ag. Brasília e EBC