Demência: relatório aponta crescimento de casos nos próximos anos

Até 2050, a demência afetará 139 milhões de pessoas, segundo alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS). A síndrome, que causa perda de função do cérebro por conta de doenças diversas, foi a sétima causa de mortes no mundo em 2019. A quantidade de casos dobrou nas últimas três décadas, no Brasil, e nos próximos 30 anos contabilizará 4 milhões.

Os dados nacionais são resultado de um estudo promovido por pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pela Universidade de Queensland, da Austrália. Segundo relatório da OMS, o número de pessoas com demência cresce em todo o mundo, atualmente são 55 milhões.

A demência é uma síndrome geralmente de natureza crônica ou progressiva, que leva à deterioração da função cognitiva — a capacidade de processar o pensamento - além do esperado, em circunstâncias normais de envelhecimento. Resultante de lesões ou de doenças que afetam o cérebro, como o Alzheimer, essa condição atinge a memória, o pensamento, a orientação, a compreensão, a capacidade de aprendizagem e a linguagem, entre outras funções.

“Apenas 1/4 dos países de todo o mundo tem uma política, uma estratégia ou um plano nacional para apoiar as pessoas com demência e suas famílias”, diz o relatório da OMS. Além disso, muitos dos planos e estratégias existentes necessitam ser atualizados e renovados. Os dados mostram que, em 2019, 1,6 milhão de mortes ocorreram em todo o mundo devido à demência, tornando-se a sétima causa de morte.

O relatório alerta ainda que as pessoas com doenças neurológicas, incluindo demência, são mais vulneráveis à infecção pelo vírus SARS-CoV-2, correndo maior risco de internações prolongadas e de sofrerem uma forma grave de covid-19 e de morte. De acordo com a OMS, é urgente reforçar o apoio de saúde, de serviços sociais, de reabilitação e de cuidados a longo prazo e paliativos.

Foto: EBC

Da Agência CNM de Notícias, com informações da EBC