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15/05/2008
Câncer de mama é tema de campanha nacional
Marcelo Matos
Agência CNM
A campanha nacional “Não Deixe o Câncer de Mama Afetar sua Voz” foi lançada pela Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) em audiência pública na Câmara dos Deputados. O evento ocorreu nesta quarta-feira, 14 de maio, com apoio da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e teve a presença dos deputados Darcísio Perondi (PMDB-RS) e Rafael Guerra (PSDB-MG), do senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) e do Dr. José Antônio Ribeiro, entre outros.
Na ocasião, a presidente do Femama, Dra. Maira Caleffi, mostrou os números do câncer de mama no Brasil, com dados alarmantes. De acordo com ela, cerca de 50 mil novos casos da doença são diagnosticados todos os anos no País e que nos últimos 20 anos o número de casos de morte por causa do câncer de mama aumentou consideravelmente.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a cada ano, cerca de 22% dos novos casos de câncer em mulheres são de mama. Esse tipo de câncer é o segundo mais freqüente no mundo e o mais comum entre as mulheres.
Prevenção
A Dr. Maira explicitou no evento a importância do auto-exame e da mamografia para a descoberta precoce do câncer de mama, que, segundo ela, tratado no estágio inicial tem 95% de probabilidade de cura. Para ela, a mamografia em mulheres com mais de 40 anos é importantíssima, pois, 80% dos tumores da mama são descobertos pela própria mulher durante o auto-exame, quando isso acontece, o tumor já está grande, dificultando o tratamento.
A pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2003 (PNAD) mostrou que 49,7% das mulheres com 50 anos ou mais nunca fizeram a mamografia.
Políticas Públicas
Para tentar combater esse problema, o presidente Lula sancionou no dia 29 de abril de 2008 a Lei 11.644, que assegura a prevenção e o tratamento dos cânceres uterino e de mama. Entre outros pontos, ela assegura que todas as mulheres a partir de 40 anos terão acesso à mamografia.
Para a presidente da Femama, esse é um passo importante na implementação de políticas públicas que assegurem a descoberta e o tratamento do câncer de mama. Para ela, descobrir cedo diminuindo, além das mortes, os custos financeiros, sociais e o número de mutilações por causa do grau avançado do câncer.
Preconceito
A presidente da Femama falou, ainda, da dificuldade em conseguir uma pessoa famosa que aceite “dar cara” a campanha sobre o câncer de mama. Para ela, há um certo pré-conceito de que a associação da imagem à doença causará preconceito nas pessoas.
Divulgação
Divulgar a campanha, bem como tornar as informações sobre o câncer de mama disponíveis para toda a sociedade, através da mídia e de todos os meios possíveis, são de extrema importância, afirmou a presidente da Femama.
“O câncer pode mutilar o corpo, pode até afetar a mente, só não deixe o câncer calar sua voz”, Dra. Maira Caleffi.