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26/11/2014
Cresce a mortalidade por câncer do colo do útero e CNM recomenda a oferta de vacinação
O câncer do colo do útero tem causado cada vez mais vítimas. Enquanto a taxa de óbitos de mulheres caiu 6,34%, nos últimos 10 anos, a mortalidade decorrente deste tipo de câncer aumentou 28,6% no mesmo período. Este é o terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, atrás apenas do câncer de mama e do câncer de brônquios e pulmões.
Um caminho para prevenção contra a doença é a vacinação. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) explica aos gestores municipais que a oferta da vacina contra o HPV deve ser prioridade, pois a evolução do câncer do colo do útero faz com que os serviços para o tratamento das doenças sejam mais especializados. Além disso, provoca maior dificuldade de acesso a esta população, e isso acarreta o aumento da mortalidade.
O Atlas de Mortalidade de Câncer no Brasil, publicado pelo Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (Inca), mostra que, em 2002 morreram com esta doença 4.091 mulheres. Em 2012, o número de mortes subiu para 5.264. O Atlas chama a atenção do usuário ao profissional do Sistema Único de Saúde (SUS) para o planejamento e avaliação das ações necessárias à prevenção e ao controle do câncer.
Prevenção
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também recomenda a vacinação do HPV, em busca da proteção a quatro subtipos do vírus - 6,11,16 e 18. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo de útero e os subtipos 6 e 11 por 90% das verrugas anogenitais. A vacinação tem 98% de eficácia.
Mesmo com a imunização, é indispensável a promoção de exames preventivos e também o uso de preservativos nas relações sexuais. Mulheres com faixa etária dos 25 aos 64 anos devem fazer o exame Papanicolau a cada três anos, após dois anos consecutivos negativados.
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