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07/04/2021
Covid-19: Municípios relatam desatualização de sistema do Ministério da Saúde quanto ao número de vacinas efetivamente aplicadas
Gestores municipais de diversas regiões do país têm se reportado à Confederação Nacional de Municípios (CNM) indicando preocupação quanto à diferença entre os dados de vacinas contra a Covid-19 diariamente aplicadas e registradas no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (Sipni) e a atualização desses quantitativos na base do Ministério da Saúde. A entidade destaca que há defasagem entre o real quantitativo de doses aplicadas nos grupos prioritários frente ao número de doses distribuídas a Estados e Municípios.
O tema foi um dos abordados por meio do Observatório Verifica, uma das estratégias da campanha informativa da CNM por meio do Observatório Covid-19 – direcionado aos gestores locais. Por meio da ferramenta, a entidade esclarece que não é verdade que os Municípios estão estocando os imunizantes ao invés de aplicá-los.
Destaca-se, conforme exposto no próprio site do Ministério da Saúde, que a diferença entre as doses distribuídas e aplicadas também se explica pelos diferentes cenários nas salas de vacina, ou seja, por questões tangentes à informatização e pessoal disponível para digitação, bem como pela atualização do sistema da Pasta. Os dados do Painel Nacional também podem apresentar diferenças em relação às doses aplicadas até aquele momento, pois nem todo registro digitado é automaticamente atualizado na base do Ministério.
A dissonância entre esses quantitativos é potencialmente indutora à leitura errônea da aplicação ou falta das doses. Assim, a polêmica encerra-se com melhorias na atualização do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (Sipni).
Diante disso, a Confederação solicita que a desatualização do registro nas bases do Ministério seja sanada com a maior brevidade, sob pena de alimentação de fake news prejudiciais, não somente às equipes de saúde local, mas também ao Plano Nacional de Vacinação. A entidade alerta ainda que a diferença pode induzir a julgamentos prejudiciais à operacionalização do Plano Nacional de Imunização (PNI) e fragilizar a gestão da Saúde nos Municípios, que já enfrentam diversos desafios e grande pressão por conta da pandemia.
É imprescindível que, a partir de fontes oficiais, as gestões municipais possam ter seus esforços registrados, publicizados e reconhecidos nas bases de dados do Ministério da Saúde, alerta a entidade.