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10/09/2018
Contribuições para protocolo de tratamento a obesidade e sobrepeso podem ser feitas até esta terça
Termina nesta terça-feira, 11 de setembro, o prazo para representantes da sociedade civil e profissionais de saúde contribuírem com a elaboração do primeiro Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para tratamento de casos de obesidade e sobrepeso. Uma enquete pública foi lançada pelo Ministério da Saúde para aprimorar e qualificar o atendimento e a conduta terapêutica de pacientes na atenção básica e especializada no Sistema Único de Saúde (SUS).
A obesidade é uma das doenças que mais tem crescido nos últimos anos em nível global, e a adoção do protocolo deve contribuir para prevenir e controlar a obesidade e o sobrepeso no país, além de garantir mais segurança e efetividade clínica e científica aos profissionais de saúde. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), existem pelo menos 650 milhões de obesos no mundo.
No Brasil, segundo a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), um em cada cinco pessoas estão obesas e mais da metade da população das capitais estão com excesso de peso. Esses números impactam diretamente no SUS, que em 2012 contabilizou pouco mais de mil cirurgias bariátricas e reparadoras de pacientes obesos. O número de intervenções em 2016, segundo o Ministério da Saúde, subiu para 8,1 mil.
A enquete prevê a participação popular desde a primeira etapa do processo de elaboração do protocolo, que ainda deve passar por consulta pública para deliberação final. Dentre as sugestões apresentadas, especialista sugere a volta de medicamentos de baixo custo que auxiliavam no tratamento da obesidade e foram retirados do mercado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Sugestão
Para a Confederação Nacional de Municípios (CNM), é importante a contribuição dos gestores municipais da saúde, que estão na ponta, uma vez que eles também terão de seguir o protocolo nos atendimentos. A entidade lembra ainda levantamento, publicado em 2017, mostrando que mais da metade dos brasileiros estavam acima do peso. E as ações promovidas pelos governos locais – de incentivo à boa alimentação e à prática de atividade física – são essencias para enfrentar essa realidade nacional.
A Confederação aconselha ainda que as prefeituras desenvolvam ações coletivas voltadas à comunidade, como caminhadas em grupo; exercícios físicos praticados em centros ou academias públicas com orientação de profissional e palestras em escolas sobre o tema são medidas que contribuem para a redução do sedentarismo. Conforme reforça a entidade, essas ações podem contribuir com a redução de gasto na atenção hospitalar, pois, com o controle das doenças associadas, diminui as internações decorrentes da obesidade.
Por: Agência CNM, com informa da EBC
Foto:Pref. Ivinhema (MS)
Da Agência CNM de Notícias