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30/01/2014
Comitê vai reforçar ações de combate ao tráfico de pessoas
Reforçar as estratégias de combate ao tráfico de pessoas. Esse é o objetivo do Comitê Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Conatrap), cujos membros tomaram posse nesta quarta-feira, 29 de janeiro. Formado por 26 representantes da sociedade civil e de órgãos do governo federal, o comitê terá entre as atribuições propor estratégias para a implementação de políticas públicas, desenvolver estudos e acompanhar a implementação dos planos nacionais de enfrentamento ao tráfico de pessoas.
A presidência do comitê ficará até 2015 com a Secretaria Nacional de Justiça. Segundo o Ministério da Justiça, muitas vítimas têm medo de denunciar, o que faz com que não se tenha números precisos sobre esta prática, geralmente associada ao trabalho escravo e de crianças, adolescentes e mulheres para fins de exploração sexual.
Cenário atual
O Diagnóstico sobre Tráfico de Pessoas nas Áreas de Fronteira mostra que, no país, entre 2005 e 2011, um terço dos indiciados por tráfico de pessoas foi pego em região de fronteira. Dos 384 indiciamentos, 128 foram registrados na fronteira brasileira, que abrange 15.719 quilômetros em 11 Estados – Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Roraima, Rondônia e Santa Catarina.
A maioria das vítimas é formada por mulheres entre 18 e 29 anos. Também fazem parte do grupo crianças, travestis e transgêneros, geralmente em condição de vulnerabilidade. Em geral, o aliciamento é feito por alguém próximo à família. Segundo o estudo, também houve uma mudança no perfil dos aliciadores. Em 2002, a maioria dos recrutadores identificados no Brasil era do sexo masculino. No entanto, dados do Ministério da Justiça revelam uma maior incidência de mulheres aliciadoras. Apesar disso, números do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) mostram que ainda há mais homens do que mulheres presos por tráfico de pessoas.
Agência CNM, com informaçoes da Agência Brasil