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21/09/2005
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprova regulamentação da Emenda 29
Rodrigo Bauer
Agência CNM
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) aprovou por unanimidade nesta terça-feira,
Dados levantados pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) no Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops) mostram a situação de 3.361 municípios que já entregaram seus dados referentes a 2004, ou seja, os 60,4% estão com seus cadastros atualizados, desses 2.880, o equivalente a 85%, aplicaram mais do que os 15% constitucionais, e apenas 481 não cumpriram a Constituição. “Se analisarmos a aplicação média da soma dos municípios em cada estado, é possível notar que os municípios aplicaram mais do que o determinado na Emenda Constitucional Nº 29 em todos os Estados”, afirma o presidente da CNM. Outro destaque é de que considerando todos os municípios do país, foi aplicado em média 18,34% de seus recursos em saúde, ou seja, 20% a mais do que o mínimo constitucional.
Segundo Ziulkoski, apenas os estados e municípios tem regras claras sobre os investimentos na área da saúde, enquanto que as normas para a União são nebulosas. “Em relação aos recursos da União, a aplicação da EC 29 tem sido objeto de polêmica, entre a área econômica e o Ministério da Saúde. O ponto controverso refere-se à base de cálculo para a vinculação anual. Para o Ministério da Fazenda, o valor apurado no ano anterior tem uma base fixa. Já o Ministério da Saúde interpreta o ‘valor apurado no ano anterior’ como sendo o montante efetivamente empenhado em cada exercício, interpretação chamada de ‘base móvel’. Caso fosse utilizada a metodologia pretendida pelo Ministério da Saúde, a União deveria aplicar por ano em saúde cerca de R$ 2,2 bilhões a mais”.