CNM ressalta importância dos Municípios na Campanha de Vacinação contra a gripe

A Campanha de Imunização contra a Influenza começou na última segunda-feira,12, e irá até o dia 9 de julho. A meta nacional é vacinar, no mínimo, 90% das pessoas que compõem os grupos prioritários. A população a ser vacinada nos grupos prioritários totaliza 79,7 milhões. A Confederação Nacional de Municípios (CNM), ressalta a importância dos Municípios realizarem as ações de imunização da população brasileira neste momento de pandemia pela Covid-19 que o Brasil atravessa, uma vez que os sinais e sintomas da gripe se confundem com o diagnóstico da Covid.

A estratégia de vacinação contra a influenza foi incorporada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 1999. O Programa distribuirá 80 milhões de doses da vacina influenza trivalente, produzida pelo Instituto Butantan, para imunização do público-alvo. E orienta que todas as medidas de prevenção à transmissão da Covid-19 sejam adotadas pelos Entes durante a Campanha de Vacinação contra a Influenza.

As vacinas utilizadas nas campanhas nacionais de vacinação contra a influenza do Programa Nacional de Imunizações (PNI) são vacinas trivalentes que contêm os antígenos purificados de duas cepas do tipo A e uma B, sem adição de adjuvantes e sua composição é determinada pela OMS para o hemisfério sul, de acordo com as informações da vigilância epidemiológica. A cepa do vírus influenza A(H1N1) tem acometido predominantemente adultos (40-60 anos), a cepa A(H3N2) tem maior impacto em idosos e as cepas B em crianças, adolescentes e adultos jovens. Entretanto, todas as cepas podem causar infecções graves e mortes em pessoas de qualquer faixa etária.

Grupos prioritários
Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas, povos indígenas, trabalhadores da saúde, idosos com 60 anos ou mais, professores das escolas públicas e privadas, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, pessoas com deficiência permanente, forças de segurança e salvamento, Forças Armadas, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.

A vacinação será feita de forma escalonada e o registro das doses aplicadas será informado ao Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), módulo campanha influenza – os grupos prioritários serão distribuídos em três etapas. Os municípios terão autonomia para definir as datas de mobilização (Dia D), conforme a realidade de cada região.

Cronograma
1ª Fase, período de 12/4 a 10/5 - crianças, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores da saúde;
2ª Fase, período de 11/5 a 8/6 - idosos com 60 anos ou mais e professores (rede pública e provada);
3ª Fase, período de 9/6 a 9/7 - os demais grupos prioritários.

Vacinação contra a Covid-19
Considerando a ausência de estudos sobre a coadministração das vacinas, o Ministério da Saúde não recomenda a aplicação das duas doses simultaneamente. A orientação, neste momento, é priorizar a imunização contra a Covid-19. Para as pessoas que fazem parte do grupo prioritário para a vacinação contra influenza e que ainda não foram vacinadas contra a Covid-19, deve ser priorizada a dose contra o coronavírus e agendada a vacina contra a Influenza, respeitando um intervalo mínimo de 14 dias entre elas. A ação de imunização contra a influenza é extremamente importante para a proteção dos grupos mais vulneráveis às complicações e óbitos decorrentes da doença.

A CNM recomenda aos gestores municipais o máximo de cautela na operacionalização simultânea de duas campanhas de vacinação tão importantes para o momento que o Brasil atravessa com a pandemia da Covid-19. A vacinação contra a influenza previne o surgimento de complicações e óbitos decorrentes da gripe, mas também tem a ação importante de minimizar a carga da doença, reduzindo os sintomas que podem ser confundidos com a Covid-19 e a sobrecarga nos serviços de saúde.

Para mais informações, entre em contato a Área Técnica da Saúde da CNM através do email: saude@cnm.org.br ou pelo telefone: (61) 2101-6000.

Foto: Agência Brasília

Da Agência CNM de Notícias