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17/01/2020
CNM participa de cerimônia e receberá novo comandante da Operação Acolhida
O comando federal da Operação Acolhida, que atende venezuelanos refugiados no Brasil, foi passado para o general Antônio de Manoel Barros durante cerimônia ocorrida nesta quinta-feira, 16 de janeiro. Por ser parte do protocolo de cooperação, com a missão de incentivar os gestores locais a acolherem esses migrantes, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) participou da agenda, no Palácio do Planalto, e receberá o general Barros para definir as próximas ações.
A entidade, que representa os 5.568 Entes municipais, marcou presença na solenidade por meio do supervisor Denilson Magalhães e das colaboradoras venezuelanas Yuly Teran e Marvelis Farias. Além de mudar o comando da política voltada a atender o fluxo migratório de milhões de cidadãos venezuelanos, o evento também marcou a nova fase da operação, que pretende expandir o Programa de Interiorização e envolver diversos esforços para estratégias logísticas, de moradia, de emprego e de inclusão socioeconômica.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, ministros, representantes das Forças Armadas, da ONU e de entidades religiosas também participaram do ato, em que foi oficializada cooperação com a companhia Azul Linhas Aéreas para impulsionar a interiorização. Novo site da operação foi apresentado, com apoio de agências das Nações Unidas (ONU) e outras parceiros; e a Fundação Banco do Brasil lançou campanha com a possibilidade de doações de cidadãos e instituições à causa.
Pelos dados da ONU, mais de 4,5 milhões venezuelanos já deixaram seu país desde o início da crise migratória, em meados de 2016. Segundo o governo, deles, 240 mil entraram e permaneceram no Brasil; 886 mil passaram por atendimento na fronteira, sendo 560 mil só pelos postos de Roraima. Mais 89 mil carteiras de trabalho foram confeccionadas para os migrantes; 246 mil CPFs foram emitidos; mais 330 mil doses de vacinas foram aplicadas; e 27 mil venezuelanos interiorizados.
Campanha
Os resultados obtidos representam uma série de ações, como a Campanha de Interiorização +Humana, lançada pela CNM durante a Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios de 2019. “A entidade apoia o projeto por entender que é uma ação de cidadania, de humanidade”, disse o presidente da CNM, Glademir Aroldi, na solenidade de assinatura do protocolo de intenções. Na ocasião, a entidade se comprometeu a atuar em conjunto com as demais organizações, para identificar e viabilizar vagas para a acolhida.
Recentemente, com o Exército Brasileiro, a CNM esteve em Manaus (AM), Pacaraima (RR) e Boa Vista (RR) para conhecer as instalações da Operação Acolhida. Parte das ações do acordo de cooperação, a agenda institucional propôs melhor compreensão do processo e dos principais desafios enfrentados pelos gestores municipais na prestação de serviços e de orientações básicas sobre o acolhimento temporário.
Leia também: CNM assina protocolo com governo federal e agências da ONU para incentivar acolhida de venezuelanos no Brasil
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Por Raquel Montalvão
Fotos: Divulgação
Da Agência CNM de Notícias, com informações da ONU, do Gov.br e da presidência da República