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06/01/2016
CNM faz esclarecimentos sobre o uso de repelente contra o mosquito Aedes aegypti
Usar repelentes para se proteger e não contrair as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti é uma das orientações de prevenção das autoridades de Saúde. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) – que tem impulsionado uma força tarefa para enfretamento do inseto em nível local – esclarece sobre o uso do produto e traz orientações aos gestores municipais para que repassem a população.
Segundo a entidade, inúmeras medidas de controle da proliferação do Aedes aegypti têm sido discutidas, e são extremamente importantes para diminuir os casos de dengue, zika e chikungunya – doenças transmitidas pelo inseto. Em relação ao uso de repelentes, a área técnica de Saúde da CNM explica que o produto pode ser classificado nas formas: física e química.
O uso de mosqueteiros e telas de proteção correspondem a forma física de repelir o inseto. Já o químico, geralmente na forma de produto (tópico) para aplicação na pele ou no ar, atua no ambiente e promove odor ofensivo aos insetos. Ele forma uma camada de vapor sobre a pele da pessoa e consequentemente espanta os mosquitos. No entanto, a Confederação lembra que esses produtos, comercialmente disponíveis, não são isentos de efeitos colaterais e podem desencadear reações ao organismo.
Indicação
Ainda segundo explicações da CNM, os repelentes químicos mais usados são a base de dietiltoluamida (DEET), com concentrações entre 10 a 50% da substância, que proporcionam proteção entre 80% e 95% contra o Aedes aegypti. No Brasil, também são utilizados em substâncias repelentes nos cosméticos com outros princípios ativos, além de óleos essenciais, como Citronela.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que produtos à base de DEET não sejam usados em crianças menores de 2 anos. Em crianças entre 2 e 12 anos, a concentração dever ser no máximo 10% e a aplicação deve se restringir a três vezes ao dia. E o produto com concentrações superiores é permitido para maiores de 12 anos.
CNM faz ainda algumas recomendações sobre uso de repelentes:
* passar em áreas expostas, quantidade homogênea. A ação do repelente limita-se a 4cm de área do corpo;
* não passar próximo aos olhos, boca e narinas e sempre lavar as mãos após as aplicações;
* não usar sobre pele irritada ou ferida;
* não aplicar embaixo das roupas;
* não permitir que as crianças se auto apliquem, o produto deve ser sempre aplicado pelos adultos em crianças;
* não dormir com repelente. Se for necessário, utilizar vestimentas, mosqueteiros ou telas para proteção;
* aplicar no máximo três vezes ao dia; e
* ler o rótulo e seguir recomendações.
Por fim, a CNM alerta que o uso de repelentes não isenta a intensificação das medidas coletivas, principalmente em um momento de epidemia, por isso é necessário adotar estratégias que visem a não proliferação do Aedes aegypti e a total erradicação.
Agência CNM, com informações da Anvisa