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30/01/2004
CNM e Casa Civil resolvem impasse do Salário-Educação
Manuel Carlos Montenegro
Agência CNM
Os municípios que não se cadastraram junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) até a última segunda-feira (26) podem respirar aliviados. A CNM, em parceria com a Subchefia de Assuntos Federativos, órgão da Casa Civil, conseguiu garantir que os repasses referentes ao Salário-Educação serão feitos normalmente, sem as novas exigências apresentadas pelo FNDE, autarquia do Ministério da Educação (MEC).
O FNDE deixará de cobrar das secretarias de educação municipais que se cadastrem junto ao órgão. As secretarias municipais de Educação também não terão mais de criar personalidade jurídica própria para ter direito aos repasses do salário-educação. O órgão do MEC vai abrir contas específicas em nome das administrações municipais, com o mesmo número de CNPJ da prefeitura, como acontece no Fundef. O Fundo utilizará o cadastro que já possui das prefeituras.
Segundo o FNDE, as contas serão abertas nas mesmas agências em que as prefeituras recebem o FPM. A decisão se baseia em um parecer assinado pela procuradoria jurídica do órgão e teve o respaldo do Ministério da Educação.
O primeiro repasse de 2004 será feito a partir do próximo dia 10. “É uma vitória dos municípios”, comemorou o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, após a reunião que trouxe solução para o problema. O presidente da CNM e prefeito de Mariana Pimentel (RS) temia que a nova exigência traria mais lentidão para assegurar um direito que é dos municípios.
“A CNM entende que constituir um CNPJ específico para as secretarias provocaria atrasos nos repasses, além de gerar também um problema jurídico, pois esse procedimento criaria uma contabilidade paralela nos Municípios, aumentando ainda mais a burocracia” disse Ziulkoski.Segundo a nova lei que regulamenta a distribuição do salário-educação entre União, municípios e estados, 10.832/03, o FNDE repassará as parcelas diretamente aos entes federados de acordo com o número de alunos matriculados nas suas respectivas redes de ensino fundamental. Segundo o site do próprio FNDE, a parte do Salário-Educação dividida com os estados – a chamada quota estadual - chegou a R$2,2 bilhões no ano passado.
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