CNM chama a atenção para importância da detecção precoce do câncer de mama

Um dos objetivos da campanha Outubro Rosa é despertar o público feminino para a importância do diagnóstico precoce. Com isso, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) – que aderiu à ação – esclarece sobre procedimento simples que podem auxiliar na conquista deste objetivo. Como por exemplo: autoexame, exame clínico e mamografia. 

A área técnica da Saúde da CNM lembra que independentemente da idade, as mulheres devem conhecer o corpo para saber identificar se há algo anormal em suas mamas. Caso identifique alterações suspeitas, devem procurar imediatamente um serviço de saúde para avaliação profissional. 

É recomendado, segundo esclarece a entidade, exames de rotina de acordo com a idade. Esses exames podem ajudar a identificar o câncer antes de aparecerem os sintomas. No Brasil, as orientações para detecção precoce do câncer de mama são: mulheres de 40 a 49 anos devem realizar o exame clínico anualmente e mulheres de 50 a 69 anos devem realizar exame clínico anualmente e mamografia a cada dois anos. 

Exames
Ainda, de acordo com explicação da CNM, o Exame Clínico das Mamas (ECM) é realizado pelo médico ginecologista/mastologista ou profissional de saúde treinado. Ele faz parte do rastreamento para detecção precoce do câncer de mama, por meio dele, lesões a partir de 1,0 cm são identificadas assim como secreções dos mamilos, como sangue ou líquido transparente, que podem ser um primeiro sinal da doença. 

Já a mamografia, é a radiografia da mama que permite a detecção precoce do câncer, por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas – de milímetros. Realizada por aparelho de raio X apropriado, chamado mamógrafo, o procedimento comprime a mama, com intuito de obter melhores imagens, e melhor capacidade de diagnóstico. 

Sensibilidade
Em relação ao desconforto, relatado por muitas mulheres ao fazerem a mamografia, a Confederação salienta que a sensibilidade está vinculada a fatores distintos. De 46% a 88% depende do tamanho e localização da lesão; da densidade do tecido mamário – mulheres mais jovens apresentam mamas mais densas; da qualidade dos recursos técnicos e habilidade de interpretação do radiologista. A especificidade varia entre 82%, e 99% e também dependente da qualidade do exame. Apesar de ser o procedimento mais eficiente para detectar o câncer, a Confederação relembra, a mamografia não é um método isolado de rastreamento. 

Diante da realidade vivida em muitas comunidades brasileiras, a CNM menciona o resultados de alguns estudos. Eles comparam a mortalidade entre mulheres convidadas para rastreamento mamográfico – uso da mamografia como método de detecção precoce capaz de reduzir a mortalidade por câncer de mama – e mulheres não submetidas a nenhuma intervenção. O uso da mamografia, reduziu em 30% da mortalidade de mulheres com mais de 50 anos, depois de sete a nove anos de implementação de ações organizadas de rastreamento. 

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