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25/01/2019
CNM busca estratégias para realocar venezuelanos com Comissariado da ONU para Refugiados
Em encontro com representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados do Brasil (Acnur), a Confederação Nacional de Municípios (CNM) discutiu estratégias para o trabalho em conjunto com o governo federal de interiorização dos venezuelanos no território brasileiro.
Na reunião, Paulo Almeida explicou como se dá a atuação do organismo na acolhida dos imigrantes no Estado de Roraima. Atualmente são 13 abrigos, sendo nove geridos pelo Acnur, que abrigam mais de 6.200 famílias. A proposta do novo governo é buscar alocar e integrar socialmente os imigrantes que tenham interesse, de acordo com o perfil e a oferta e demanda dos Municípios que quiserem recebê-los.
As dificuldades de inserção desses imigrantes em Roraima se dão também pela pouca conexão logística da região, que os isola e agrava a situação. Segundo Almeida, “levá-los para outros Municípios é fundamental”, uma vez que proporcionaria uma integração social saudável e a inserção no mercado de trabalho.
O representante do Acnur destacou que algumas prefeituras já acolheram venezuelanos e que a solução é bem-sucedida. Quando saem de Roraima com destino a outro Estado, o refugiado assina um termo em que compreende que só poderá residir no abrigo por um período máximo de seis meses. Segundo ele, o tempo médio é menor, de apenas três meses.
A intenção é compor várias frentes para atuar no processo de interiorização, incluindo instituições de cunho religioso, o Acnur, a CNM, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o governo federal.