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07/01/2016
CNM alerta sobre mudanças no calendário vacinal para 2016
Foram publicadas nesta primeira semana de janeiro, as alterações no calendário de vacinação para 2016. As mudanças ocorreram nas doses de reforço para vacinas infantis contra meningite e pneumonia, no esquema vacinal da poliomielite e também na eliminação da terceira dose da vacina de papiloma vírus humano (HPV). A Confederação Nacional de Municípios (CNM) lembra que os gestores municipais devem confirmar essas alterações nos Postos de Saúde, assim como capacitar os profissionais de saúde. Além disto é necessário realizar publicidade sobre essas mudanças à população.
A principal diferença para os bebês, é a redução de uma dose na vacina pneumocócica 10 valente para pneumonia, que a partir de agora será aplicada em duas doses, aos 2 e 4 meses, com aplicação de reforço aos 12 meses, no entanto, poderá ser tomada até os 4 anos. De acordo com Ministério da Saúde, esta modificação foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três doses mais um reforço.
Para a vacina HPV, o esquema é alterado para duas doses, sendo que a menina deve receber a segunda seis meses após a primeira, ou sejam, a terceira dose é deixada de ser administrada. A mudança foi permitida pois o MS concluiu que duas doses apresentam uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses. No entanto, as mulheres que são portadoras do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e possuem 9 a 26 anos devem continuar recebendo o esquema de três doses.
Paralisia infantil e meningite
Para a prevenção contra a paralisia infantil, no caso da vacina poliomielite, a terceira dose administrada aos seis meses, deixa de ser oral e passa a ser injetável. Neste caso, a criança recebe as três primeiras doses do esquema – aos dois, quatro e seis meses de idade, de forma injetável, ou seja, com a vacina inativada poliomielite (VIP). Já o reforço aos 15 meses, quatro anos e anualmente durante a campanha nacional, para crianças de um a quatro anos, da vacina oral poliomielite (VOP) continua sem alterações.
Por último, a vacina meningocócica C (conjugada), responsável pela proteção das crianças contra meningite causada pelo meningococo C passa a ter o reforço aos 12 meses. Anteriormente era aplicado aos 15 meses, podendo ser feito até os quatro anos. Aos três e cinco meses continuam sendo aplicadas as primeiras doses da meningocócica.