Caxias do Sul começa a cadastrar dependentes químicos, Ziulkoski elogia a ação

A prefeitura de Caxias do Sul (RS) começou nesta sexta-feira, 13 de abril, o cadastramento dos dependentes químicos. Em entrevista ao jornal Pioneiro, o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, elogiou a iniciativa, e ponderou que deveria ser incentivado em outros Municípios para informações reais de dependentes.

“Eu louvo a iniciativa de Caxias porque faltam no Brasil dados concretos para se dimensionar a epidemia do crack e planejar ações de combate à droga”, avalia o líder municipalista. Ele esclarece que centenas de outros Municípios possuem sistemas de cadastros, mas não há uma forma unificada de identificação dos usuários.

A iniciativa de Caxias vai abordar os dependentes químicos que frequentam as cracolândias. Entre os objetivos da ação estão: criar uma força tarefa para combater a epidemia, identificar o número de pessoas que estão nesses espaços e saber se elas migram para outros lugares quando as cracolândias são destruídas e traçar o perfil do usuário – com informações como: filiação, onde nasceu, apelido, escolaridade e onde estudou.

Abordagem
Para desenvolver o projeto, ficou decidido que a abordagem será efetuada por policiais militares, guardas municipais e uma assistente social da Secretaria da Segurança Pública e Proteção Social. E os nomes serão repassados para a Fundação de Assistência Social (FAS) e a Secretaria da Saúde do Município, para o encaminhamento à recuperação.

A CNM tem feito um trabalho, por meio do Observatório do Crack, para identificar a quantidade de dependentes de drogas que existem no Brasil. O estudo deve ser apresentado na XV Marcha a Brasília em defesa dos Municípios, durante o seminário Os Municípios Como Protagonistas no Enfrentamento ao Crack.