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17/07/2020
Casos de síndrome respiratória aguda grave aumentam no país; aponta levantamento da Fiocruz
Um boletim da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira, 16 de julho, indica a retomada do crescimento no número de novos casos semanais de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), após a leve queda observada em maio. As ocorrências com resultado laboratorial reportadas no sistema continuam apontando um forte predomínio da Covid-19, responsável por 96,5% dos casos e 99% dos óbitos com resultado positivo para algum vírus respiratório. O vírus influenza A foi observado em apenas 0,9% dos casos e 0,3% dos óbitos com vírus respiratório identificado.
De acordo com o levantamento, os valores semanais ainda estão muito acima do nível considerado muito alto. Os dados são referentes ao período de 5 a 11 de julho. As informações têm como base os dados inseridos até 13 de julho no sistema de notificação de casos. "Após atingir um primeiro pico, entre os dias 3 e 5 de maio, quando a média móvel registrou 20.516 novos casos, a curva de SRAG no país registrou queda por três semanas consecutivas até a semana dos 24 e 30 do mesmo mês, cuja média móvel aponta 18.248 novos casos", ressaltou o coordenador Marcelo Gomes.
Desde então, comenta o pesquisador, os registros semanais voltaram a subir, com um crescimento médio de 2,4% por semana, atingindo uma estimativa de 20.471 novos casos semanais.
Regiões
A análise mostra que todas as regiões apresentam ocorrência de casos e de óbitos por SRAG muito alta. Entre as unidades federativas que mostraram sinal de queda nos boletins anteriores, Amapá, Tocantins, Ceará e Rio de Janeiro registraram sinais de crescimento. Minas Gerais e Rio Grande do Sul indicaram possível estabilização após longo período de crescimento. "A possível estabilização no Paraná não se confirmou, sendo retomado o sinal de crescimento sem observação do primeiro pico no estado até o momento. A Paraíba apresentou possível estabilização, após leve retomada de crescimento, em valor abaixo do pico ocorrido em maio. Porém, acima do número de casos semanais considerado muito elevado para o estado", afirma Gomes.
São Paulo mostrou tendência de estabilização após queda leve – diminuição média de apenas 2% por semana. Por fim, Rondônia, Bahia e Goiás apresentam sinal de possível início de queda, sendo o sinal mais claro em Rondônia. "Dada a heterogeneidade espacial da disseminação da Covid-19 no país e estados recomenda-se que sejam feitas avaliações locais, uma vez que a situação dos grandes centros urbanos é potencialmente distinta da evolução no interior de cada estado", observou o coordenador.
Informações da CNM
Questões relacionadas à emergência em saúde pública da Covid-19 podem ser esclarecidas no portal da Confederação Nacional de Municípios (CNM). A entidade disponibiliza materiais atualizados com orientações aos gestores que podem ser acessados no endereço https://www.cnm.org.br/coronavirus
Em caso de dúvida, colaboradores das áreas técnicas estão disponíveis pelos telefones conforme listagem na página ou pelo e-mail: covid19@cnm.org.br.
Foto: EBC
Da Agência CNM de Notícias, com informações da Fiocruz