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18/11/2011

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Carência de médicos dificulta a implantação de programas de saúde

CNM

 

A carência de médicos é um dos principais fatores que dificulta a implantação e manutenção de programas básicos como o Saúde da Família nos Municípios. A remuneração desses profissionais também varia muito de uma região para outra. Uma divulgação de novembro de 2011 do Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde do Rio de Janeiro (Iabas), por exemplo, fala sobre profissionais médicos que trabalham nas Clínicas da Família por vencimentos de até R$ 15 mil.

 

A Região Sudeste é responsável pela concentração de pelo menos 54% de médicos do país, aponta a Pesquisa Assistência Médico-Sanitária 2009 divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, detém 11,3% do total da força de trabalho nacional da categoria e 20,8% do total da Região Sudeste. Para o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, apesar de ser ainda um assunto pouco abordado pela mídia, a carência de médico nas demais regiões faz parte da realidade de muitos cidadãos brasileiros, principalmente nas Regiões Norte e Nordeste.

 

A Pesquisa de AMS, do IBGE, mostra que existem pouco mais de 636 mil profissionais médicos atuando nos estabelecimentos de Saúde do país. Desses, mais de 40 % estão localizados nas capitais. “A concentração desses profissionais nos grandes centros urbanos é evidente”, afirma Ziulkoski.

 

A CNM questiona o governo federal sobre como os Municípios poderiam implantar e manter as equipes de Saúde da Família, que exige como membro da equipe mínima o profissional médico e o Ministério da Saúde oferta um incentivo financeiro de R$ 10 mil por mês para toda a equipe e mais a unidade de saúde. “Os prefeitos não conseguem fazer o milagre da multiplicação”, afirma o presidente da entidade, Ziulkoski.

 

Segundo o presidente da CNM, essa é uma situação de conhecimento nacional e o governo federal tem que tomar uma medida urgente para frear “esse leilão de profissionais na rede do SUS [Sistema Único de Saúde] porque está impossível manter os programas de Saúde funcionando”.

 

 

 



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