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29/09/2016
Brasileiros terão melhor tratamento do mundo para HIV/Aids
Considerado como o melhor tratamento contra o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)/Aids no mundo, o Brasil passa a contar com o novo antirretroviral Dolutegravir. Cerca de 100 mil pacientes portadores do vírus receberão o tratamento a partir de 2017. Com a oferta, recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil reafirma a posição de liderança no combate à epidemia de HIV/aids e o compromisso de oferecer um tratamento inovador.
Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, esse é um desafio para todas as áreas da pasta, e não apenas para o combate ao HIV e aids. A partir da negociação com a indústria farmacêutica GSK, a pasta conseguiu reduzir em 70% o preço do medicamento, de $ 5,10 para $ 1,50. Assim, a incorporação do Dolutegravir não altera o orçamento atual do Ministério da Saúde para a aquisição de antirretrovirais, que é de R$ 1,1 bilhão. Mantida as negociações atuais, para todos os tratamentos com antirretrovirais, a estimativa é de uma economia de R$ 5 milhões.
Para a diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Adele Benzaquen, mais importante do que reafirmar o papel do Brasil na vanguarda na condução da política de combate ao HIV e aids, a incorporação do Dolutegravir reforça o compromisso maior de oferecer às pessoas que vivem com HIV e aids a melhor tecnologia existente de forma sustentável.
Medicamento novo
“O dolutegravir apresenta uma série de vantagens para essas pessoas. Além de potência muito mais alta, o novo medicamento apresenta um nível muito baixo de eventos adversos” esclareceu a diretora. Além disso, ela reforçou que o novo medicamento também apresenta maior eficácia ao longo do tempo, o que acarreta o menor aparecimento de vírus resistentes ao longo do tratamento. “Isso possibilita maior qualidade de vida aos pacientes ao longo dos anos”, reforçou a diretora.
O novo medicamento apresenta um nível muito baixo de eventos adversos, o que é importante para os pacientes que devem tomar o medicamento todos os dias, para o resto da vida. Com menos eventos adversos, os pacientes terão melhor adesão e maior sucesso no tratamento.
Pioneirismo brasileiro
O diretor do Departamento de HIV, da Organização Mundial de Saúde (OMS), Gottifried Hirnschael, destacou que desde os primeiros dias da epidemia Global de HIV, o Brasil foi pioneiro ao introduzir as mais inovadoras intervenções, com criatividade e eficiência. De acordo com ele, “o Brasil também esteve entre os primeiros países, no fim de 2013, a introduzir a política de ‘tratar todos’ e oferecer tratamento a todas as pessoas HIV positivas o mais cedo possível”, disse Gottifried Hirnschael.
Desde o começo da epidemia, o Brasil registrou 798.366 casos de aids, acumulados no período de 1980 a junho de 2015. No período de 2010 a 2014, o Brasil registrou 40,6 mil casos novos/ano, em média. Em relação à mortalidade, houve uma queda da taxa de mortalidade por aids de 10,9%, nos últimos anos, passando de 6,4 por 100 mil habitantes em 2003 para 5,7 em 2014.
Da Agência CNM, com informações do Ministério da Saúde