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18/02/2013
Brasil tem dois médicos para cada mil habitantes, aponta Conselho de Medicina
A quantidade de médicos no Brasil tem aumentado ao longo dos anos. De acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 18 de fevereiro, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em 2012 o número desses profissionais em atuação chegou a 388.015. No país temos dois médicos a cada mil habitantes. O CFM assegura ainda que este crescimento ocorre nos últimos 40 anos.
O número de médicos cresce consideravelmente mais do que a população brasileira. Enquanto o crescimento de profissionais foi de 557,72% em 50 anos, o aumento populacional foi de apenas 101,84%, segundo a pesquisa. Entre 2000 e 2010, o efetivo de médicos chegou a 364.757, ascensão de 24,95% contra um aumento populacional de 12,48%.
De acordo com o CFM, vários fatores contribuíram para o aumento no número de médicos a cada ano. Além da diferença entre o porcentual populacional e profissionais estão: a abertura de muitos cursos de medicina; o aumento de novos registros; mais entradas que saídas de profissionais do mercado de trabalho; perfil jovem da categoria e maior longevidade profissional.
Perspectiva
Somente entre outubro de 2011 e outubro de 2012, 16.227 novos médicos se registraram como profissionais. Por conta disso, e do contínuo aumento de escolas de medicina, o Conselho acredita no ascendente crescimento de médicos em atuação no Brasil. O aumento a cada ano é de 6 mil médicos em média.
No Brasil a faixa etária dos médicos também é positiva. Ao todo 40,59% deles têm até 39 anos. Com isso, o país terá os profissionais por um tempo maior no exercício da profissão. O contrário ocorre na Europa, onde a faixa etária é mais elevada e a aposentadoria é mais precoce também.
Distribuição
Apesar da boa notícia, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) não deixa de lembrar os problemas na distribuição dos médicos nas regiões do Brasil. A entidade e as associações estaduais alertam há anos os problemas na contratação desses profissionais de saúde em pequenas cidades e nas zonas rurais. Apesar do número de profissionais ter aumentado nos últimos anos, a preferência deles parece ser das capitais e grandes Municípios.
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